José Manuel Coelho transfere hoje para o continente a sua campanha. Até segunda-feira, o candidato madeirense vai percorrer algumas zonas do País regressando à Madeira para a ponta final da campanha.
"Dizem que ando sempre sozinho. E é verdade! Não sou apoiado pelas máquinas dos grandes partidos que alugam camionetas para levar pessoas e restaurantes para dar comer de graça", disse ontem José Manuel Coelho numa acção política no Caniçal (Machico).
O tom crítico do candidato às multidões leva-o a citar a imagem bíblica da "multiplicação dos pães de Jesus, perante milhares de pessoas esfomeadas que vinham ouvir os ensinamentos do mestre. Nessa altura, ele fez o milagre dos pães e dos peixes", só que, no dia seguinte, "quando quis, de novo, pregar já não havia ninguém e perguntou aos discípulos por onde andava essa gente", os quais responderam-lhe: "Senhor, eles ontem comeram e beberam, portanto hoje já não querem ouvi-lo", recordou Coelho. Esta é a imagem do que "se passa com a candidatura de Cavaco Silva" composta por "arrebanhados". E "esses, eu não quero", sublinhou. "Eu sou a voz dos pobres" contra "a corrupção" e contra uma classe política que "vive à mesa do Orçamento", referiu. José Manuel Coelho quer "chamar a atenção dos portugueses" para a realidade de um país e para o papel de "sinaleiro" e de "árbitro" atribuído ao Presidente da República.
(Com a devida vénia ao Diário Notícias)
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