sábado, fevereiro 28, 2015

“Há uns ‘heróis’ que estiveram 30 anos calados”


Entrevista a Gil Canha, cabeça-de-lista do PND


Gil Canha tem 53 anos, é licenciado em História e Ciências Sociais, ex-militar e actualmente empresário, esteve durante vários anos ligado à organização de defesa do ambiente Cosmos e a clubes de desporto-aventura e foi fundador do jornal satírico  ‘Garajau’. Integrou, mais tarde, o Partido da Nova Democracia. Foi vereador na Câmara Municipal do Funchal, primeiro na oposição e depois, durante um curto período, como vereador com pelouro, eleito pela coligação ‘Mudança’.
Aceitou ser cabeça-de-lista do PND, porquê? Aceitei o desafio porque o partido precisava de uma nova dinâmica e a minha experiência na Câmara do Funchal ajudava. Estive muitos anos na câmara, na oposição e depois, no pouco tempo em que estive como vereador com pelouro, tive um papel mais visível. Foi por isso que aceitei ser cabeça-de-lista.

A experiência com a ‘Mudança’ acabou ser curta. Foi curta e marcou-me. Senti que poderia fazer muito mais coisas pela cidade. Não foi possível fazer mais porque se estou num barco a que retiram a vela e deixam-me com um remo, não posso desenvolver o meu trabalho. Também pensei que ficando como vereador sem pelouro poderia servir de alibi para muita coisa, diriam que era uma força de bloqueio e então, até em solidariedade com os outros colegas de vereação, renunciei ao mandato. Neste momento não me arrependo.
Essa situação foi uma das razões para o PND não integrar a coligação proposta pelo PS? Sim, porque se numa viagem curta, digamos daqui até Canárias, lançaram-nos borda fora, mas ainda conseguimos andar até à costa, numa viagem transatlântica desta natureza, como é governar a Madeira, se de repente o comandante nos mandar borda fora no mar alto... não há salvação.
Foi só essa questão? Não, nós continuamos a dizer que  o senhor Victor Freitas não tem qualidades, nem capacidades, até técnicas, para ser presidente do governo e por isso não iríamos participar numa coligação achando que o cabeça-de-lista não tinha as condições que achamos que deve ter um presidente do governo.
O PND chegou a propor uma coligação com outros partidos? Uma coligação com os partidos mais pequenos, sem os partidos do centrão. Entretanto o PS já tinha lançado as suas raízes e as pessoas escolheram a melhor parte do barco para viajar e já não foi possível.

Acredita que a coligação Mudança vai ter sucesso? O PS, só por si, já poderia conseguir alguns resultados, mas se tivesse outro cabeça-de-lista, obviamente que poderia pôr em causa o próprio PSD. Foi com imensa mágoa que vi que não aconteceu como no caso da Câmara do Funchal em que todos os partidos recuaram e arranjaram uma figura consensual.

Essa figura existia? Existia, até dentro do PS. O dr. Carlos Pereira era uma hipótese. É uma pessoa com formação técnica e tem postura para desempenhar um cargo desta natureza. Não só no PS, mas noutros partidos, haveria pessoas prontas a encabeçar este projecto. Infelizmente não deu, nem tivemos resposta positiva dos outros partidos pequenos. Agora toda a gente se armou numa espécie de Syrizas e dizem que vão fazer uma revolução aqui na Madeira. É por isso que aparece esta panóplia de partidos.
Panóplia de partidos que pode ser favorável ao PSD? Precisamente, porque a oposição surge balcanizada, esfrangalhada. Mas isto acontece porque o dr. Alberto João Jardim era uma pessoa com uma personalidade forte, com uma democracia musculada, uma ditadura e as pessoas tinham medo. Ninguém conseguia que 94 pessoas integrassem uma lista de candidatos. Até os jornalistas, quando faziam um pequeno inquérito de rua, com uma pergunta mais delicada, as pessoas fugiam-lhes. O que há, agora, é o oportunismo de pessoas que nestes anos todos andaram sempre nos seus refúgios e se armam numa espécie de heróis. Quando precisámos de pessoas que nos ajudassem a denunciar este regime absurdo que nos levou a este buraco, estiveram 30 anos afastados.
No seu caso, na Cosmos e no PND, sofreu perseguições durante todos esses anos. Fomos perseguidos, queimaram o nosso património, perseguiram-nos fisicamente, fomos insultados, agredidos e cuspidos nas inaugurações do dr. Alberto João Jardim. Onde é que estavam esses revolucionários que aparecem agora como cogumelos? No fundo, vemos que aquilo que os move é arranjar um tacho. Percebemos isso, sobretudo numa altura de crise, mas o madeirense não vai estar sempre a suportar isto.
A dispersão de votos da oposição não vai ajudar o PSD, por exemplo, a conseguir uma maioria absoluta? Vai ajudar, por um lado, mas também  pode prejudicar. É preciso não esquecer que o PSD atravessa um período de graça para o dr. Miguel Albuquerque, mas isso é passageiro. Mal tomou conta da liderança do partido, começou a notar-se um descontentamento porque ele não consegue alimentar todas as clientelas. Embora tenha feito um grande esforço para criar umas subsecretarias e dar mais tachos, notamos que há cada vez mais dificuldade para satisfazer toda a agente. Até apoiantes de Miguel Albuquerque já estão descontentes. Há muita gente, nomeadamente do dr. Cunha e Silva e do dr. Manuel António que ficou de fora.

O problema interno marca o PSD? Há um problema ainda maior. No tempo do dr. Marcelo Caetano - e o dr. Albuquerque é uma espécie de Marcelo Caetano - o Salazar tinha desaparecido da cena política e morreu logo a seguir. Aqui, o dr. Alberto João está sempre presente e é uma pessoa com capacidades enormes para arranjar problemas e causar prejuízos. O PSD está a passar dificuldades e isso irá abrandar a euforia e vai haver pessoas a querer votar noutros partidos, como já aconteceu antes.

Quais os objectivos eleitorais do PND? Esperam aumentar a representação parlamentar? Sinceramente, não nos preocupamos muito com essa questão da representação parlamentar. Se as pessoas querem que o PND continue a sua luta, muito bem. Não andamos a mendigar votos a ninguém. Fizemos várias acções contra o Governo, contra determinados projectos onde colocámos, sempre, preto no branco, a nossa assinatura e levámos as coisas até ao fim. Não ficamos por meias palavras nem por demagogia barata. As pessoas têm de saber se querem, ou não, um PND interventivo.
Quais as principais questões que o PND pretende debater? O nosso grande objectivo é combater os grandes grupos económicos. O regime jardinista está em agonia, mas esses grupos estão de pedra e cal. Grupos económicos que parasitam, completamente, o povo madeirense, porque há outros que até têm um bom papel social.
Quais são esses grupos? Um governo que foi construtor civil durante tantos anos, criou um monstro a que chamamos Complexo Militar da Construção Civil, à semelhança de União Soviética. Um monstro que absorveu todas as forças vivas. Outro grande grupo económico, que é outra das nossas frentes de combate, é o Grupo Sousa. Um grupo que neste momento é armador, controla a operação portuária, controla o transporte rodoviário e distribuição, além das energias alternativas e o gás natural. É um poder tentacular, parasita, que pouco emprego dá. Um grupo que cria imensos problemas.
Que outras propostas vai defender nesta campanha? Neste momento, esta dívida monstruosa que o dr. Alberto João nos legou é quase impagável e para podermos pagar e para libertar a carga fiscal que cai sobre os madeirenses, é urgente ter uma economia sustentada, como fizeram os Açores. Tratar bem os nossos recursos naturais, requalificar a paisagem, reabilitar os centros históricos. Há um ponto que consideramos muito importante que é o Centro Internacional de Negócios que infelizmente o dr. Jardim deu a uma entidade privada e criou bloqueios e problemas.
Defendem o regresso do CINM ao controlo público? Sim, regresso ao controlo público, para atrair mais empresas em melhores condições. Sem insultos e sem aquela agressividade a que o dr. Alberto João nos habituou, podemos ir a Lisboa e dizer que para pagarmos a dívida, têm de nos facilitar nestes pontos.

O PND nunca foi um partido que se limitasse à acção na Assembleia. Independentemente do resultado de 29 de Março, vão continuar com essas acções?Somos um partido de intervenção mas, sobretudo, um partido pragmático. Fizemos muito poucas propostas no parlamento porque iam para o caixote do lixo e não queríamos entrar numa espécie de masoquismo, ao estilo CDU. Num parlamento autista como o que temos, liderado pelo sr.  Jaime Ramos, o que está tudo dito, era quase inglório apresentar propostas.

A próxima assembleia pode ser diferente? Sou um grande crítico do dr. Miguel Albuquerque, acho que tem os mesmos vícios do dr. Jardim e alguns até piores, mas tem uma diferença: é democrata e sabe ouvir. O problema é a fase seguinte, quando é para aprovar as propostas. No entanto, sem dúvida alguma que vai haver menos crispação, porque o dr. Albuquerque não tem o perfil do dr. Alberto João Jardim, é uma pessoa que irá amaciar o sistema. Agora, na parte dos grupos económicos, da corrupção, nas mesmas jogadas e maroscas, nos benefícios a determinadas clientelas, fez isso na câmara e vai continuar a fazer. Está no seu ADN.
Não vai mudar nada no PSD? É bom esclarecer as pessoas de que o que aconteceu no PSD foi um golpe de estado palaciano do sr. Jaime Ramos que meteu lá o dr. Miguel Albuquerque que sempre favoreceu os seus negócios e as suas empresas. Por isso é que dizemos que o PSD é a uma cobra que mudou a pele, mas a sua natureza é a mesma.
A campanha do PND vai manter a linha das anteriores? Vamos ter algumas acções, não com a exuberância do passado, porque as pessoas estão a passar por dificuldades. Vamos tomar mais cuidado nesse aspecto, mas o registo vai ser semelhante, com crítica dura, usando muitas vezes a sátira, porque se já nos roubaram tudo, não nos roubem o direito ao riso e à alegria.
Se for eleito vai assumir o lugar na assembleia? O nosso partido tem uma coisa curiosa, ao contrário dos outros, em que toda a gente briga por causa do lugar, no nosso caso é ao contrário. Até deitávamos às sortes para ver quem ia para o parlamento e por isso fizemos muita rotatividade. Antes de cair a ALM, o Hélder Spínola até queria ser substituído e quem ia entrar era o Dionísio Andrade. Vamos manter a rotatividade mas agora, se calhar, com esta abertura albuquerquista, talvez tenhamos uma assembleia mais digna e algum incentivo para participar. Até agora, ninguém queria ir para aquela assembleia para ser insultado pelo sr. Jaime Ramos e pela bancada do PSD e entrar na ditadura do presidente da ALM.
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)


sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Candidato do PND, Gil Canha, teme uma "evolução na continuidade" com uma vitória do PSD-M no próximo ato eleitoral da Madeira.


(Com a devida vénia ao Semanário - Tribuna da Madeira)

Acompanhe em direto na TSF a intervenção do candidato do PND, Gil Canha, no debate acerca de política fiscal

Acompanhe em direto na TSF a partir das 11:00 horas da manhã de hoje a intervenção do candidato do PND, Gil Canha, no debate acerca de política fiscal. Clique AQUI!

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias e TSF)

O candidato do PND, Gil Canha, participa hoje, conjuntamente com os candidatos Miguel Albuquerque, Vítor Freitas, Edgar Silva e José Manuel Rodrigues, no debate sobre política fiscal na Madeira, promovido pela OTOC e pelo DN-M!



O candidato do PND, Gil Canha, participa hoje, conjuntamente com os candidatos Miguel Albuquerque, Vítor Freitas, Edgar Silva e José Manuel Rodrigues, no debate sobre política fiscal na Madeira, promovido pela OTOC e pelo DN-M!

terça-feira, fevereiro 24, 2015

domingo, fevereiro 22, 2015

Ex-secretário quis bloquear ‘recurso’ pedido por Baltasar Aguiar, Gil Canha e Hélder Spínola



Juiz Carlos Alexandre dá três ‘negas’ a Santos Costa


O juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, acaba de rejeitar três pedidos do arguido Santos Costa que visavam travar a reavaliação do processo do processo ‘Cuba Livre’, relativo à ocultação de dívida pública e falsificação das contas pelo Governo Regional da Madeira.
O processo está na fase inicial da instrução, requerida por Gil Canha, Baltasar Aguiar e Hélder Spínola para evitar o arquivamento da investigação. Ora o ex-secretário regional do Equipamento Social, Santos Costa, e a sua ex-adjunta Amélia Gonçalves, que também é arguida no caso, requereram ao juiz Carlos Alexandre três decisões que poderiam representar o fim do processo. Em primeiro lugar, pediram que o processo fosse transferido do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa para a Secção de Instrução Criminal da Instância Central do Funchal. Em segundo lugar, requereram que Hélder Spínola, Gil Canha e Baltasar Aguiar fossem impedidos de se constituírem assistentes, por alegadamente não o terem feito no prazo permitido. E em terceiro lugar, que fosse rejeitado o requerimento para abertura da instrução.
O juiz de instrução não atendeu a nenhum dos três pedidos. Recordou que já tinha deliberado que o Tribunal de Lisboa era competente para reapreciar o caso, considerou que os assistentes fizeram o seu requerimento dentro do prazo legal e reconheceu-lhes legitimidade para imputarem aos arguidos a prática dos crimes de prevaricação, violação de normas da execução orçamental e abuso de poder.
É de sublinhar que os outros três arguidos do processo - o secretário das Finanças Ventura Garcês, a sua adjunta Dulce Velosa e o director regional de Orçamento e Contabilidade Ricardo Rodrigues - não colocaram as objecções à abertura de instrução.
O inquérito do processo ‘Cuba Livre’ teve início em 2011, por determinação do Procurador Geral da República. A investigação à falsificação  das contas do Governo Regional envolveu diversas diligências, a mais mediática das quais foi a operação de buscas à antiga Secretaria do Equipamento Social.
Em Setembro de 2014, a procuradora Auristela Pereira concluiu que teria de arquivar o processo, pois apesar de ter verificado indícios da prática de diversos crimes (prevaricação, falsificação e violação das regras de execução orçamental) não estavam reunidos os requisitos exigidos pela lei para acusar e levar a julgamento os cinco arguidos. Como previsto na lei, foi dada a possibilidade dos denunciantes, de requererem a abertura da instrução, para que o processo seja apreciado por um juiz, o que está agora a acontecer.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

PND diz que Marinho ‘canta de galo’



Candidatura de Gil Canha diz que agora “ditadura jardinista está em agonia”.


Marinho e Pinto “tem que se explicar melhor aos madeirenses para não ficar a ideia no ar de que o senhor doutor é um troca-tintas”. O conselho é do Partido da Nova Democracia, numa posição assumida ao DIÁRIO pelo secretário-geral Joel Viana a propósito de declarações contraditórias feitas pelo agora responsável pelo Partido Democrático Republicano.
De acordo com o PND, Marinho e Pinto contradiz-se de forma clara quando se refere à Madeira. Isto porque após ver confirmado pelo Tribunal Constitucional a inscrição do seu novo partido, o eurodeputado eleito pelo MPT disse ao DIÁRIO que “nasceu agora a verdadeira oposição ao PSD da Madeira” e que “o PSD nunca teve oposição séria e credível, agora vai ter” e acrescentou ainda que “são décadas sem alternativa na Região que têm impedido o progresso”. São estas declaraçõe que o PND rejeita.
“O senhor ‘canta de galo”, diz a Nova Democracia que não aceita que só agora Marinho e Pinto afronte o poder regional, “depois da dituradura jardinista estar agora em agonia, porque quando ela estava forte e poderosa, só um pequeno grupo de corajosos políticos regionais se atreviam a contestá-la. E nessa altura de luta, quando precisávamos de apoio e solidariedade nacional, o sr. Marinho Pinto fez precisamente o oposto e teceu os maiores elogios à ditadura jardinista”.
O PND não esquece que na campanha para as eleições europeias, Marinho e Pinto disse que Portugal tinha “muito a aprender com a Madeira” e que a lição devia “ser levada para todo o país”. Acrescenta a Nova Democracia que, nessa altura, o então candidato se mostrava “embevecido” com o que considerava “a evolução da Região ao nível das infra-estruturas”. E pergunta: “Então, em que ficamos sr. Marinho Pinto?”
Quanto ao facto de o advogado ter dito que a Madeira “nunca teve oposição séria e credível”, o PND entende que a observação é direccionada para João Isidoro, o coordenador do novo partido de Marinho Pinto na Madeira. Isidoro sim, diz a Nova Democracia, “efectivamente fingiu anos e anos que fazia oposição enquanto saltitava de partido em partido. Aliás, no seu último poiso, o Tribunal de Contas acusa-o de ter ficado com um automóvel à custa de dinheiros públicos”.
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

Onde mora a necesária separação de poderes entre Justiça e Estado?


quinta-feira, fevereiro 19, 2015

PND avança com Gil Canha contra “serpente jardinista”

Candidato dá prioridade ao ataque aos grupos que exploram os madeirenses


Gil Canha vai liderar a lista do Partido da Nova Democracia (PND) às eleições regionais de 29 de Março, numa candidatura cujo objectivo primordial é “combater os grandes grupos económicos que enriqueceram com o jardinismo e que neste momento estão mais poderosos do que nunca, pois controlam todos os mais importantes e vitais sectores da nossa economia, sendo uma séria ameaça à sociedade madeirense e à nossa democracia”.
O candidato faz uma analogia para explicar o que vê no espectro político regional: “O actual PSD-Madeira é como uma serpente que simplesmente mudou de pele, mas continua a manter toda a sua nefasta natureza, protegendo e acarinhando os seus ‘ovos’, os grupos económicos ligados aos grandes interesses (Grupo Sousa e complexo ‘militar’ e industrial das empresas de construção civil, como a Tecnovia e a AFA”. “Focaremos todas as nossas forças no ataque à dita ‘serpente’, destruindo o seu ‘ninho’ e libertando a população madeirense desta autêntica canga a que o jardinismo nos condenou”, promete o ex-vereador, que pela primeira vez encabeça a lista ao parlamento. Por outro lado, Gil Canha pretende manter “sempre debaixo do olho a falsa oposição regional que, com o seu imobilismo cobarde ou com o seu inútil foguetório parlamentar, na ânsia por lugares no parlamento e nas câmaras, legitimou o regime e consentiu a grotesca ditadura dos últimos 30 anos”.
O PND assume o compromisso de defender o desenvolvimento sustentável da economia da Madeira, dos seus recursos e a protecção da paisagem. Quer também valorizar o turismo de qualidade e as actividades tradicionais, como a pesca e a agricultura, neste momento “sufocadas pelas mãos do mercado monopolista das grandes superfícies comerciais e destruídas pela gestão ruinosa do apalpa anonas”.
Utilizar o humor como uma arma 
O cabeça-de-lista confirma que a candidatura utilizará sempre “uma linguagem clara, dura e frontal” e recorrerá “à arma letal do gozo e da ironia que está nos genes do PND-Madeira”. “Sobretudo num momento tão delicado como aquele em que vivemos, de desemprego, falências, desesperança e justificado descrédito da classe política regional, os madeirenses não devem perder o sentido de humor, pois sem alegria e ânimo nunca poderemos vencer a crise, transformar a Madeira e livrá-la dos políticos (do poder e da falsa oposição) que a levaram à bancarrota”, justifica Gil Canha. A advogada Rubina Sequeira surge no segundo lugar da lista do PND, sendo seguida pelo também advogado Baltasar Aguiar. Os lugares seguintes são ocupados pelo empresário Eduardo Welsh, o assessor Márcio Amaro e o jornalista Dionísio Andrade.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)