sexta-feira, dezembro 31, 2010

Coelho disposto a acampar à porta da RTP

Último candidato a apresentar-se revoltado por não participar nos debates. Audiências dos debates caíram 32,5% face a 2005.

José Manuel Coelho, candidato a presidente da República, prepara- -se para "acampar" frente à RTP caso seja excluído do ciclo de grandes entrevistas (3 a 7 de Janeiro), moderado pela jornalista Judite Sousa, garantiu ao DN Baltazar Aguiar, mandatário financeiro da candidatura apoiada pelo PND.

O advogado ameaça ir "até às últimas consequências", incluindo a hipótese de provocar o adiamento das eleições. "Para já, as televisões vão ter de repor os debates que já fizeram agora com a presença de José Manuel Coelho. Está em causa o princípio da igualdade. Como o Presidente da República é o garante da igualdade e neutralidade neste país, vamos pedir-lhe uma audiência. Aliás, Cavaco Silva como candidato deverá dar o exemplo e ser o primeiro a sentar-se à mesa com José Manuel Coelho da mesma forma que fez com Manuel Alegre, Fernando Nobre, Francisco Lopes e Defensor de Moura. Disso não abdicamos!", reiterou.

A CNE, para onde seguirá hoje uma queixa, é também alvo de críticas. "O silêncio da CNE é impressionante. A candidatura de Coelho era conhecida. Foi notícia nacional. Não estamos a brincar. Foram recolhidas mais de 8500 assinaturas aceites pelo Tribunal Constitucional. Arranjaram um problema e vão ter de se haver connosco. Se preciso, vamos recorrer aos tribunais", sublinha Baltazar

Ao longo dos dez debates televisivos das eleições presidenciais, o candidato apoiado pelo PS e BE, Manuel Alegre, foi visto por cerca de três milhões e 600 mil pessoas. Logo a seguir surge Cavaco Silva, que teve três milhões e 500 mil portugueses a ouvir as suas palavras. Francisco Lopes e Fernando Nobre obtiveram uma audiência pouco superior aos três milhões. Por último, aparece Defensor Moura, que chega perto, mas não atinge a barreira dos três milhões.

Os números das audiências, fornecidos ao DN pela Marketest, demonstram que, no total, mais de oito milhões de pessoas ligaram as suas televisões para ver os candidatos a Belém. Com dez frente-a-frente, representa uma média a rondar as 810 mil pessoas por debate. Um número que fica longe de 2005. Nas últimas eleições presidenciais, a média das audiências chegou ao milhão e 200 mil. Uma queda de 32,5%.

O debate mais visto foi o último, que opôs Alegre e Cavaco, visto por cerca de um milhão 380 mil pessoas. Um número que ficaria apenas em quarto lugar nas presidenciais de 2005 - ficaria empatado ex aequo com o debate entre Cavaco e Soares.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias)

RTP esqueceu-se de Coelho mas corrigiu



A RTP anunciou ontem a apresentação na próxima semana de uma série de cinco entrevistas individuais aos candidatos presidenciais, todas moderadas pela jornalista Judite de Sousa. As entrevistas foram divulgadas à agência Lusa, falhando apenas num pormenor. É que a estação pública esqueceu-se do sexto candidato, o madeirense José Manuel Coelho.

Segundo a agência Lusa, Defensor Moura, Fernando Nobre, Francisco Lopes, Manuel Alegre e Cavaco Silva, por esta ordem, estarão presentes na 'Grande Entrevista' entre segunda-feira e sexta-feira da próxima semana. Aparentemente a RTP só se lembrou de José Manuel Coelho quando o DIÁRIO procurou apurar as razões da sua exclusão. Cerca de uma hora após ser contactado, o director de Informação, José Alberto Carvalho, informou que o deputado do PND também vai ser entrevistado por Judite de Sousa, sendo que a mesma será agendada após um contacto ainda a fazer ao candidato.

Queixa à CNE a pedir debates

As entrevistas individuais dos candidatos na RTP1 surgem depois de dez frente-a-frente entre os outros candidatos, repartidos pelas três estações de televisão entre 14 e 29 de Dezembro, e dos quais José Manuel Coelho foi excluído. Ora o candidato presidencial madeirense formalizou ontem uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE), onde afirma que os citados debates conferiram aos seus adversários nestas eleições presidenciais "ilegítima vantagem". Por isso, requereu à CNE que ordene à RTP1, TVI e SIC a organização e agendamento de debates tipo frente-a-frente com cada um dos outros cinco candidatos, de modo "a repor a igualdade de tratamento" que está prevista no artigo 46.º da Lei Eleitoral do Presidente da República.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

PND critica aumento nos preços do estacionamento



Canha acusa a Câmara do Funchal de estar a proteger os irmãos Henriques

Gil Canha rotula de escandalosa a aprovação pela Câmara Municipal do Funchal (CMF) de um aumento de 2,3% nos preços dos parques de estacionamento concessionados à Sociedade de Exploração de Parques de Estacionamento (SEP).

O vereador do Partido da Nova Democracia (PND) diz não entender as razões que levam presidência de Miguel Albuquerque a "entregar uma verdadeira mina aos irmãos Henriques".

Para Gil Canha, a subida dos preços do estacionamento é "um acto de rapina apadrinhado pela cumplicidade da Câmara do Funchal".
O porta-voz da Nova Democracia promoveu, ontem, uma conferência de imprensa para contestar a subida dos preços praticados nos parques de estacionamento, uma medida aprovada em reunião de Câmara.

"É um escândalo". Gil Canha dá como exemplo o auto-silo alugado à Assembleia Legislativa Regional da Madeira. "São 255 euros por cada estacionamento... dá para pagar quase todos os auto-silos do Funchal", critica.

Não é a primeira vez que o vereador do PND acusa a autarquia funchalense de "estar a proteger os irmãos Henriques". Gil Canha tem vindo a promover várias iniciativas, para defender a necessidade de a CMF rescindir o contrato com a Sociedade de Exploração de Parques de Estacionamento.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

quarta-feira, dezembro 29, 2010

José Manuel Coelho quer queixar-se por ter sido excluído de debates



José Manuel Coelho, o único deputado do PND-Madeira, anunciou esta quarta-feira que o Tribunal Constitucional validou a sua candidatura às eleições Presidenciais. O candidato planeia apresentar uma queixa à Comissão Nacional de Eleições por ter sido excluído dos debates nacionais.

“É com muita alegria que tenho o prazer de anunciar a todos madeirenses e portossantenses uma grande vitória colectiva do nosso povo que é a aceitação da minha candidatura à Presidência da República. É um feito notório e todos os madeirenses e democratas da Madeira e Porto Santo estão de parabéns”, disse José Manuel Coelho numa conferência de imprensa em frente à Sé do Funchal.

José Manuel Coelho apelou a todos os portugueses “que não querem mais suportar este País corrupto, querem um País decente, onde os seus impostos sejam respeitados e não sejam roubados pelos políticos corruptos” que apoiem a sua candidatura.

O madeirense garante que vai chegar à segunda volta e tem planeado na sua agenda fazer campanha eleitoral na Madeira, no Continente e nos Açores.

Para o candidato, esta “é uma candidatura ganhadora" porque tem "o povo" com ele.

(Com a devida vénia ao Correio da Manhã)

José Manuel Coelho na corrida a Belém



Deputado único do PND-Madeira vai queixar-se à CNE por ter sido excluído dos debates

O deputado único do PND-Madeira, José Manuel Coelho, anunciou esta quarta-feira que o Tribunal Constitucional validou a sua candidatura às Presidenciais e vai queixar-se à Comissão Nacional de Eleições (CNE) por ter sido excluído dos debates nacionais, escreve a Lusa.

«É com muita alegria que tenho o prazer de anunciar a todos madeirenses e portossantenses uma grande vitória colectiva do nosso povo que é a aceitação da minha candidatura à Presidência da República. É um feito notório e todos os madeirenses e democratas da Madeira e Porto Santo estão de parabéns», declarou José Manuel Coelho numa conferência de imprensa em frente à Sé do Funchal.

Garantiu que a «campanha vai começar e a candidatura é para chegar à segunda volta», acrescentando que serão programadas iniciativas na Madeira, no continente e nos Açores.

«É uma candidatura ganhadora porque tem o povo por detrás», sustentou.

Para José Manuel Coelho, nestas eleições, «por um lado está Cavaco Silva e todos os candidatos dos partidos que lhe dão legitimidade e no outro lado uma candidatura popular (a sua) que nasceu pela vontade do povo e para o povo».

«Todos os cidadãos comprometidos com o actual poder, com a corrupção, o capitalismo feroz que devora impostos dos cidadãos, que estão de acordo com o situacionismo do nosso país, com o descalabro económico, têm Aníbal Cavaco Silva e outros candidatos do sistema», disse.

Contrapôs que «os que não querem mais suportar este País corrupto, querem um País decente, onde os seus impostos sejam respeitados e não sejam roubados pelos políticos corruptos, tem que lutar na sua candidatura».

O candidato presidencial madeirense sublinhou que esta «é uma candidatura para ir até ao fim, não é um "fait-divers", nem uma candidatura de âmbito regional».

José Manuel Coelho afirmou ainda que, na questão dos debates televisivos que terminam hoje, pretende participar à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e «exigir igual tratamento de todas as candidaturas presentes à disputa eleitoral».

Defende que «os debates têm de ser reagendados» para poder apresentar as suas ideias «porque se não for assim as eleições não são livres, nem democráticas e o princípio da igualdade não é respeitado».

Argumenta que «os candidatos do sistema, apoiados pelos partidos que têm criado políticos que só têm roubado o povo português, fizeram os debates entre si, em família».

Refere que os debates foram agendados pelos órgãos de informação nacionais quando as candidaturas ainda estavam em preparação e que foi excluído desses debates apesar de na altura já ter anunciado publicamente a sua intenção de entrar na corrida a Belém.

Declara que a sua exclusão neste contexto «é uma ilegalidade, uma falta de ética, pelo que esses debates têm de voltar a ser reagendados para voltar a debater as suas ideias com os candidatos do sistema para o povo português».

Veja o vídeo da candidatura:

(Com a devida vénia ao IOL Diário)

Hoje a notícia do dia é esta: Tribunal Constitucional confirma seis candidaturas à Presidência da República

José Manuel Coelho é o sexto candidato

O Tribunal Constitucional validou seis candidaturas à Presidência da República: Francisco Lopes, Defensor de Moura, Manuel Alegre, Aníbal Cavaco Silva, Fernando Nobre e José Manuel Coelho.

Segundo o acórdão nº 504/2010, aprovado no dia 27 em reunião convocada para apreciação dos processos das candidaturas apresentadas à eleição do Presidente da República a realizar no dia 23 de Janeiro de 2011, os juízes do Palácio Ratton concluíram que aqueles seis processos “se acham regularmente organizados, sendo autênticos os documentos que os integram e demonstrativos da elegibilidade de todos esses candidatos”.

Verificaram que continham “um número de declarações de apresentação de cada candidatura que se situa entre o mínimo de 7.500 e o máximo de 15.000 eleitores, constitucional e legalmente estabelecidos, pelo que tais candidaturas se encontram desde já, e sem mais, em condições de serem oportunamente admitidas”.

O tribunal decidiu também notificar de imediato os candidatos Luís Filipe Botelho Ribeiro, Diamantino Maurício da Silva e Josué Rodrigues Gonçalves Pedro para, no prazo de dois dias, suprir as irregularidades quanto ao respectivo candidato.

O tribunal verificou que relativamente às candidaturas de Diamantino Maurício da Silva e Josué Rodrigues Gonçalves Pedro, dos respectivos processos não constam as declarações de propositura subscrita por cidadãos eleitores e de aceitação de candidatura, nem o documento de constituição de mandatário nacional, assim como a certidão negativa do registo da tutela e o certificado de nacionalidade.

No tocante à candidatura de Luís Filipe Botelho Ribeiro, o processo não apresenta o número de declarações de propositura legalmente exigidas, visto que o candidato é apenas proposto por 29 cidadãos eleitores.

Jornalista: Tolentino Nóbrega

(Com a devida vénia ao Público)

No dia 23/12 a notícia foi esta: Candidatura de Coelho a Belém espera confirmação do Constitucional

O deputado descreve Cavaco como "o candidato do centrão"José Manuel Coelho apresentou hoje no Tribunal Constitucional a sua candidatura à Presidência da República, subscrita por 7700 mil proponentes.

O deputado do PND na Assembleia Legislativa da Madeira anunciou que o processo da sua propositura, nomeadamente a confirmação das assinaturas, está a ser analisado por técnicos do Palácio Ratton.

Primeiro candidato madeirense à Presidência da República, Coelho apresenta como seu primeiro objectivo o combate e denúncia da corrupção. "Sem um combate eficaz à corrupção, não há medidas de austeridade que resistam e que salvem o país", assegura.

A segunda 'bandeira' da candidatura de Coelho é a eliminação das regalias e privilégios da classe política portuguesa: "Quero denunciar e corrigir os salários dos 'boys' políticos, pois os dois grandes partidos do bloco central - PSD e PS - vão-se alternando no poder e distribuindo entre si esses cargos com remunerações imorais".

O terceiro vector é a moralização dos tribunais e do sistema de justiça. "A justiça portuguesa, em vez de defender o interesse do país, está ao serviço das máfias que roubam o povo português. É por isso que no continente todas as grandes investigações em casos de corrupção acabaram em arquivamento”, diz o deputado do PND que, por conotar o PSD madeirense com a bandeira nazi, foi expulso e impedido de entrar na assembleia legislativa da região que considera “um enclave” na democracia portuguesa.

Na óptica de Coelho, os outros cinco políticos que se apresentam nesta corrida ao Palácio de Belém "não têm nada a dizer ao país, não têm chama e não entusiasmam o povo português". O candidato madeirense que declara “guerra aos senhores do dinheiro que querem manter o candidato do centrão, Cavaco Silva, no poder”, acusa as televisões de “boicotar a acesso aos debates” e “ao fazerem isso estão a demonstrar que as eleições são uma farsa, uma perda de tempo”.

Cavaco Silva, segundo o deputado do PND, "tem sido um Presidente do tipo corta-fitas e papa-jantares como o foi o almirante Américo Tomás. Ele não intervém na vida pública do país e, face ao descalabro financeiro do país, tem tido apenas um neutralismo colaborante. E isso não admira, porque ele foi o pai do défice, pois durante os dez anos em que foi primeiro-ministro começou o despesismo e o descalabro das contas públicas".

Jornalista: Tolentino Nóbrega

(Com a devida vénia ao Público)

Já é oficial: José Manuel Coelho está na Corrida a Belém

- Veja o ACÓRDÃO Nº 504/2010 do Tribunal Constitucional



Clique aqui para ver: http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/acordaos/20100504.html

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Constitucional decide se José Manuel Coelho entra na corrida a Belém



José Manuel Coelho conhece hoje a decisão do Tribunal Constitucional (TC) sobre a candidatura a Belém. Recorde-se que o deputado único do PND-M à Assembleia Legislativa da Madeira entregou as assinaturas recolhidas e o registo criminal ao TC na última semana.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

sábado, dezembro 25, 2010

Os candidatos à república precisam de 5% dos votos para receberem dinheiro público



Financiamento público só com 300 mil dos votos

José Manuel Coelho só vai ter financiamento público, para a sua campanha eleitoral à Presidência da República, se obtiver pelo menos 5% dos votos que vierem a ser expressos. Tendo como referência as últimas presidenciais, 2006, equivale a dizer que o candidato madeirense precisa de perto de 300 mil votos.

Continuando a ter como referência as eleições de 2006, o resultado necessário para ter financiamento público é semelhante ao alcançado pelo então candidato Francisco Louçã. Nessa altura o presidente do BE obteve 292 mil votos, o equivalente a 5,3% dos total de boletins validados, que ascenderam a 5 milhões 590 mil.

Campanha começa dia 9
A campanha oficial para a Presidência da República, de acordo com a lei, começa no 14º dia anterior ao da eleição. No caso do próximo ano, significa que a campanha começa às zero horas do dia 9 de Janeiro, um domingo, e termina à meia noite do dia 21, a sexta-feira anterior ao dia da eleição.

Já neste dias, o Tribunal Constitucional decide que candidatos são aceites ou não, o que está intimamente ligado às assinaturas recolhidas.
Os juízes têm estado a trabalhar na validação das proposituras e, muito em breve, devem anunciar quem foi admitido definitivamente, quem o foi de forma condicional e precisa regularizar algum documento, e quem foi definitivamente excluído.

Quem não tiver tudo como determina a lei, mas não for excluído, tem até ao dia 29, próxima quarta-feira, para suprir irregularidades processuais detectadas pelo Tribunal. Deverá fazê-lo através do respectivo mandatário.

Cumprindo cegamente a lei eleitoral, o sorteio do número de ordem a atribuir às candidaturas, pelo Constitucional, nos boletins de voto, deveria acontecer na véspera de Natal. Mas, porque foi decretada tolerância de ponto para esse dia, acto formal foi adiado para a próxima segunda-feira, dia 27.

Um dos efeitos do processo em curso é o da suspensão da actualização do recenseamento eleitoral. Essa suspensão dá-se no 60º dia antes das eleições, que estão marcadas para 23 de Janeiro. Quer isso dizer que os cadernos eleitorais não são mexidos desde o dia 24 de Novembro e que só voltarão a ser actualizados a partir do dia 23 do próximo mês.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

Dirigente da Nova Democracia quer denunciar jardinismo ao país e já está ao ataque


Coelho 'a meio caminho' da candidatura a Belém

José Manuel Coelho formalizou ontem em Lisboa, mesmo ao cair do pano, aquela que é a primeira candidatura madeirense à Presidência da República. Mais discreto que o habitual, o dirigente da Nova Democracia não esperava que fosse tão difícil. "Isto está feito para que só os grandes partidos, que têm uma grande máquina por trás, consigam cumprir requisitos", denunciou ontem ao DIÁRIO em Lisboa.

Apesar de tudo, o deputado do PND está convencido de que conseguiu cumprir o desafio a que se propôs. "Foi uma grande luta, muito trabalho, mas estamos aqui com 7700 assinaturas e ainda temos aqui umas de reserva caso seja preciso", disse.

O Tribunal Constitucional confirmou a entrega. Ao todo foram recebidas sete candidaturas. Cavaco Silva, Manuel Alegre, Fernando Nobre, Francisco Lopes, Luís Botelho Ribeiro, Defensor Moura e José Manuel Coelho. Os técnicos do palácio Ratton têm agora até 29 de Dezembro para se pronunciarem sobre a conformidade das candidaturas, havendo ainda a hipótese de apresentação de recurso até três de Janeiro.

Coelho apresenta queixa à CNE
Entretanto, o madeirense já está em campanha e ressalvou que valeu a pena o esforço e o trabalho árduo. O responsável disse que esta foi "a segunda grande derrota de Jardim depois da vaia monumental nos barreiros quando quis unir os três clubes". "O PSD não acreditava que tivéssemos capacidade de recolher assinaturas de tanta gente", regozijou-se. "Os pedidos de certidão de assinatura começaram a chegar a conta-gotas às juntas de freguesia e não levaram a sério", afirmou. E prosseguiu: "Quando perceberam iniciaram desesperadamente uma campanha para calar os madeirenses, mas já era tarde".

José Manuel Coelho lamentou, contudo, a perseguição política que já se está a fazer a pessoas afectas ao PSD, que participaram na sua propositura. "É inadmissível que as Juntas de Freguesia, com aquela fidelidade canina à Quinta Vigia, tenham cedido documentos confidenciais à imprensa, denunciando quem subscreveu a minha candidatura", acusou. O candidato prometeu apresentar queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE), a propósito dos casos da professora Zita Cardoso, presidente da Junta da Associação de Comércio e Indústria de Machico e de Luís Ferreira, ex-presidente da Junta de São Gonçalo, cujo 'apoio' a Coelho foi denunciado n o Jornal da Madeira. "Isto é uma caça às bruxas do tipo que se fazia na Rússia no tempo de Estaline", acusou.

Em Lisboa sem teatro
José Manuel Coelho tem um objectivo claro e garante que a sua candidatura "não é de fantochada". No continente não haverá "teatro de rua". "Na Madeira usamos a sátira para caricaturar a falsa ideia de que existe democracia", afirmou. "É como fazem os professores da pré-primária, primeiro fazem um teatro de marionetes para captar a atenção dos meninos", justificou.

"Aqui as instituições do Estado funcionam, não precisamos ridicularizar", adiantou ainda. E, já em pose de campanha atirou: "Ao votarem na minha candidatura, os portugueses ajudam a restaurar a democracia da Madeira", que é um enclave dominada por um tiranete". A luta por um país moderno, sem corrupção, vem logo a seguir na lista de prioridades do candidato.

À porta do Tribunal Constitucional, José Manuel Coelho, Gil Canha e Baltasar Aguiar suspiravam ontem de alívio. Num troley levavam as assinaturas de reserva. "Isto não é para qualquer um", atirava Aguiar. "Só para loucos como nós", respondia Canha. Mas ainda agora começou a primeira aventura presidencial madeirense.

O pintor que até tem cultura acima da média

José Manuel da Mata Vieira Coelho nasceu em Santa Cruz em 22 de Julho de 1952 (58 anos). Casado, tem duas filhas. A profissão que faz questão de anunciar (pintor de construção) pode suscitar equívocos e levar a que se menospreze os seus conhecimentos políticos, económicos e culturais. É que se só completou o 12.º ano de escolaridade (ainda frequentou uma licenciatura em Física), José Manuel Coelho é um cidadão que revela uma cultura acima da média, capaz de surpreender os seus interlocutores. Esse aspecto foi realçado pelo Representante da República, Monteiro Diniz, após uma audiência com o deputado do PND. Na Assembleia regional, o agora candidato a Presidente da República tem-se destacado com acções que têm tanto de aparatoso quanto de polémico. Para protestar contra o tempo de intervenção limitado concedido aos deputados da oposição, chegou ao plenário com um relógio de cozinha pendurado ao pescoço. Associou uma bandeira nazi ao regime jardinista por este não comemorar o 25 de Abril. Ousadia que agora pode levar para outros palcos políticos.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

Deputado madeirense José Manuel Coelho entrega assinaturas para formalizar candidatura a Belém



«Tenho vontade de ganhar, mas vou perder por 10-0 ou 20-0»

O deputado regional madeirense do PND José Manuel Coelho entregou esta quinta-feira cerca de 7800 assinaturas junto do Tribunal Constitucional para formalizar a candidatura à Presidência da República, que pretende que sirva para «alertar» para a «situação antidemocrática» da Madeira, noticia a Lusa.

Esta quinta-feira foram recebidas nove candidaturas à Presidência da República.

«Decidi candidatar-me sobretudo para chamar a atenção do país inteiro de um enclave antidemocrático onde os cravos de Abril nunca floriram», afirmou José Manuel Coelho aos jornalistas, à saída do Tribunal Constitucional, em Lisboa, onde disse ter entregue cerca de 7800 assinaturas.

O deputado regional do PND assume a «mensagem regional» de uma candidatura que é «um grito de alerta a todo o país», uma forma de «alertar as consciências dos portugueses para a situação antidemocrática e reaccionária que se vive na Madeira».

José Manuel Coelho descreve a região autónoma madeirense como um território «onde um tiranito, rodeado dos seus capangas, faz um assalto ao Orçamento, ao dinheiro que os portugueses mandam para a Madeira e leva aquele dinheiro só em benefício dos seus amigos», numa referência ao presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim (PSD).

De acordo com o pré-candidato presidencial, há uma «Madeira A», «protegida pelos senhores do regime», e uma «Madeira B», onde «milhares e milhares de madeirenses vegetam na miséria, na pobreza, na fome, na ignorância, oprimidos pelo regime jardinista tirânico, apaparicado pela República, pelos dinheiros da República».

«A minha candidatura é para dizer que a República nos abandonou, os poderes públicos, os órgãos de soberania. Não queremos que nos mandem mais dinheiro, mas que nos dêem a democracia à qual temos direito», defendeu.

José Manuel Coelho assume que não pretende ganhar as eleições presidenciais, reconhece que «isso seria uma coisa utópica», e sublinha que o seu papel nestas eleições é «simbólico», embora diga que não fará campanha apenas na Madeira.

Compara-se ao modesto clube de futebol onde Cristiano Ronaldo jogou, o «clube futebol andorinha» para ilustrar que vai «disputar as eleições presidenciais com os pesos pesados da política nacional», os «candidatos do regime» e do «centrão», enquanto que ele é um homem «sozinho», «apoiado pelo povo ilhéu».

«Obviamente que tenho vontade de ganhar, mas obviamente que vou perder por 10-0 ou 20-0», disse, considerando que «os poderes instalados já têm decidido quem é o vencedor, que é o senhor professor Cavaco Silva».

(Com a devida vénia ao IOL - Diário)

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Coelho apresenta candidatura às 15h30 no Tribunal Constitucional



Um comunicado, assinado pelo secretário-geral do PND, Joel Viana, recebido esta manhã, refere que José Manuel Coelho apresentará a sua candidatura à Presidência da República, esta tarde, às 15h30, no Tribunal Constitucional.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Coelho diz que lhe faltam 500 assinaturas e fala em "tramóia"

Candidato já fala em "chapelada" por estar a ser ignorado para os debates da TV

José Manuel Coelho diz que lhe faltam 500 assinaturas para poder formalizar a sua candidatura a Presidente da República. Espera atingir as 7.500 necessárias, ainda nesta semana, e ir um pouco além. Mais 500 a 600.

O candidato diz-se obrigado a isso, por uma questão de segurança. Sendo uma "candidatura marginal" teme que o Tribunal Constitucional seja particularmente rigoroso na fiscalização das assinaturas e cancele algumas, até por "estarem mal escritas".

"Sabotagem" na Madeira
Coelho revela estar a ter grandes ajudas na recolha de assinaturas, algumas das quais chegam por correio, a partir de impressos pela Internet.
Nesse aspecto, o candidato diz haver "sabotagem". Afirma que só lhe chegam as assinaturas enviadas por correio registado. As enviadas em correio normal não lhe chegam.

José Manuel Coelho diz que foi criado um apartado para o efeito e que o correio normal se 'perde'. Afirma que já foram feitas experiências, com o pedido de reenvio a determinadas pessoas e que as propostas continuaram a não entrar no apartado.

Como no tempo de Salazar
O candidato também não está satisfeito com o seu afastamento dos debates televisivos. Fala em "chapelada eleitoral" ao jeito do "tempo de Salazar".
Coelho promete denunciar, a nível nacional, o que está a acontecer e lembra que a lei exige que "todos sejam tratados em pé de igualdade".

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

quinta-feira, dezembro 02, 2010

"O Alucinado" - Título do artigo de opinião do Dirigente do PND - Baltasar Aguiar

A maioria dos funchalenses conhece certamente um pobre coitado, que atravessa alucinado as ruas da cidade, em passo largo e rápido, como uma avestruz assanhada, numa vozeirada descontrolada.

É sempre a mesma coisa: a rapaziada, sabida, manda-lhe umas bocas, e lá vai, disparado, o infeliz, desde o Mercado dos Lavradores até à Rua da Carreira, a gritar "Seu porco! Sabujo da m…!", sempre a olhar para trás, como se alguém o estivesse a perseguir.

O Dr. Jardim fez-me lembrar essa figura trágico-cómica quando, reagindo à acção popular dos Barreiros, abriu a sua bocarra cavernosa, e disse "isso é porco, porco", perante o olhar embevecido da pequena claque que o cercava.

Sem querer descer ao nível da criatura (coisa, aliás, difícil), devo dizer que, num momento em que há tanto desemprego, em que a crise atinge as reformas dos nossos idosos e os mais pobres, em que começa mesmo a haver subnutrição da nossa população, em que assistimos impotentes ao desmoronar da economia regional, gastar centenas de milhões de euros na engorda de clubes de futebol e em projectos faraónicos de clubes falidos, nas mãos de dirigentes incompetentes e/ou venais, não é apenas porco, é uma ignóbil porcaria.

A mesma ignóbil porcaria em que o Dr. Jardim transformou esta região e que leva todos os dias centenas de eleitores às mesas de apoio à candidatura à Presidência da República de um humilde pintor de construção civil, o Sr. José Manuel Coelho, naquela que é já, simultaneamente, a mais séria e excêntrica manifestação de protesto cívico alguma vez feita na Madeira, e até no pais.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)