quarta-feira, janeiro 21, 2009

PND solidário com Naviera Armas















Na mesma hora em que a Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM) encontrava-se reunida com os responsáveis pela empresa Naviera Armas, com vista a discutirem as regras do licenciamento nas operações de carga e descarga no Porto do Funchal, o Partido da Nova Democracia (PND) convocou uma conferência de imprensa para manifestar a sua solidariedade com a empresa espanhola relativamente aos últimos acontecimentos que ocorreram no porto da capital madeirense.
“A operação do Naviera Armas veio desvendar o roubo que os madeirenses têm sido sujeitos ao longo destes anos, pois vemos que há uma situação monopolista na operação portuária e vemos, ainda, que há uma concertação de preços relativamente aos armadores. Com a operação do Armas verificamos que transportar carga ficou muito mais barato”, salientou o dirigente do PND, Gil Canha. Esta é a altura ideal, complementou aquele político, “para o povo madeirense saber que estamos a ser explorados na questão do transporte marítimo de produtos para a Madeira”. Gil Canha referiu, também, que espera que o governo regional defenda os interesses do povo madeirense e “não se deixe vergar aos interesses dos armadores, nem do operador portuário que tem o monopólio da operação”. JT

(Com a devida vénia ao Diário Cidade)

terça-feira, janeiro 20, 2009

PND diz que Estudante é “bi-secretária”














O PND quer saber porque razão a Naviera Armas não pode transportar mercadoriasem atrelados rodados. “O que quero perguntar à APRAM [Administração de Portos da Madeira] é o seguinte: porque é ilegal transportar mercadorias em atrelados dentro do Armas e não foi ilegal durante quase dez anos fazer esse transporte dentro do Lobo Marinho”, questionou Baltazar Aguiar.
O deputado do PND, que acusou Conceição Estudante de ser “bi-secretária” do Turismo e Transportes e do Grupo Sousa, não entende porque acontece tal situação, sobretudo porque ultimamente aquele ‘ferry’ através do transporte de mercadorias tem trazido para a Região alguma concorrência ao nível de preços e com isso baixado de forma “significativa” o custo das frutas e produtos hortícolas.
“Esta carreira está a se revelar fundamental para os madeirenses e o nosso dever é defender em primeiro lugar os inte esses de todos”, sustentou o deputado do PND, que substituiu José Manuel Coelho nos trabalhos parlamentares. S.G

(Com a devida vénia ao Diário Cidade)

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Direito de resposta publicado hoje, 2009/01/19, no DN-Madeira

Direito de Resposta de Baltasar Aguiar













Em relação à notícia publicada ontem sobre a operação da Naviera Armas no porto do Funchal recebemos o seguinte direito de resposta do deputado do PND."Depois de um reconfortante e demorado silêncio, o DN-Madeira, para desenfastio, falou de mim. Fê-lo num artigo intitulado "Denúncia de Armadores põe "Armas" em cheque", publicado na página 27 da edição de Domingo, 18.01.2009, com a referência de que eu, supostamente, havia tornado pública uma denúncia feita pela Associação Nacional dos Armadores junto do IPTM, que terá estado na base de uma "confusão" que se instalou porto do Funchal no passado sábado. Tenho a dizer que não divulguei aquela denúncia, nem dela tinha conhecimento. Aliás, muito dificilmente poderia aceitar o encargo (decerto muito lucrativo) de ser "pombo correio" da Associação Nacional dos Armadores, pela simples razão de que a minha acção política me conduziu a posições totalmente contrárias aos interesses dos armadores e às conveniências que se acomodam nessa suposta denúncia. Se o DN-Madeira me tivesse contactado (o MTC tem o meu n.º de telefone) facilmente teria percebido que não transmito denúncias dos armadores (especialmente denúncias contendo ameaças de hipócritas e surrealistas queixas à autoridade da concorrência). Eu denuncio os armadores, denuncio a concertação de preços que existe nos transportes marítimos para a Madeira, denuncio o monopólio do Grupo Sousa nos portos da Madeira e a "pax romana" estabelecida nas docas do Caniçal. Se o DN-Madeira me tivesse contactado (por alguma razão o MTC não o fez) logo teria ficado a saber que, no passado sábado, me limitei a denunciar a proibição decretada pela APRAM do carregamento do navio ARMAS com atrelados de mercadorias. E se tivesse ido ao porto do Funchal (e por alguma razão o DN-Madeira não lá esteve) logo teria compreendido que não houve nenhuma "confusão" no porto, tudo foi muito claro e transparente: o navio ARMAS foi inicialmente impedido de embarcar camiões de mercadorias; posteriormente, um conhecido elemento do Grupo Sousa levou consigo num BMW preto um representante do navio ARMAS; minutos depois, ambos regressaram com a boa nova do levantamento pela APRAM da proibição de embarque de camiões no navio ARMAS; finalmente, embarcaram no navio todos os camiões retidos no porto, sob manifestações que grande regozijo dos muito populares ali presentes. Mais, se o DN-Madeira tivesse saído dos confins da Rua Fernão de Ornelas, teria verificado que os múltiplos agentes da PSP especialmente destacados para o porto do Funchal ou estrategicamente colocados em outros pontos da cidade, não tiveram só a caridosa missão de ajudar a viagem Machico/Funchal dos atrelados do circo, mas executavam ainda instruções no sentido de não deixarem entrar camiões no Porto do Funchal e de transmitirem aos respectivos condutores que o navio ARMAS estava em overbooking. Ou seja, teria constatado que a PSP estava a enganar os cidadãos ou tinha sido enganada por alguém. E se o DN-Madeira tivesse querido fazer um pouco de verdadeiro jornalismo de investigação teria ficado ainda a saber a extraordinária coisa de que as negociações para o levantamento da proibição de embarque de camiões no ARMAS decorreram no estaleiro das obras do cais norte do Porto do Funchal, entre o dito elemento do Grupo Sousa, o representante do navio ARMAS e o Presidente do Conselho de Administração da APRAM, que ali estava - imagine-se! - escondido. Mas - enfim … - o DN-Madeira não me contactou, não foi ao Porto do Funchal e nem sequer saiu dos confins da R. Fernão de Ornelas".
Baltasar Aguiar

(Publicado em Diário de Notícias - Madeira)

domingo, janeiro 18, 2009

Polémica com navio espanhol no porto do Funchal


























































Denúncia. PND diz que a PSP foi chamada a travar embarque de mercadoria
O Instituto Portuário da Madeira tentou impedir a entrada de mercadorias no navio Armas que faz a ligação Canárias, Funchal, Portimão. O PND organizou uma manifestação no local e acabou por permitir o embarque de mercadoria. A operação acabou por ser efectuada sob fortes aplausos. De acordo com Baltazar Aguiar, dirigente da Nova Democracia, "havia agentes da PSP por todo o Funchal e à entrada do porto para travar o embarque dos atrelados alegando que o navio estava cheio, ou seja, em overbooking, …quando não era verdade. Facto que veio a ser provado", disse ao DN. E quer agora que o Ministro da Administração Interna esclareça que ordens foram dadas à PSP do Funchal para impedir a entrada de mercadorias no ferry espanhol O problema dos portos da Madeira é um problema antigo há muito debatido por todos os partidos da oposição, dado que a operação marítima com mercadorias está reservada, em regime de monopólio a uma empresa tutelado pelo Grupo Sousa. Só que, recentemente, foi alargada a operação marítima ao transporte de passageiros e mercadorias a um armador espanhol. Este armador, ao utilizar uma ferry-boat gerou condições para um transporte concorrencial de mercadorias. Contudo, a respectiva licença não abrangerá o transporte de mercadorias, apenas de passageiros. Entendimento diferente tem o PND considerando que o que está em causa uma tentativa "descarada" de protecção ao monopólio do Grupo Sousa. Ontem, Baltazar Aguiar, deputado do PND, teve conhecimento de que o navio Armas recebera em alto-mar, quando se dirigia para a Madeira, um fax da Administração dos Portos da Região Autónoma (APRAM) que proibia o carregamento de mercadoria no porto do Funchal quando "há seis meses que o fazia e ninguém ligava nenhuma. O problema é que os empresários madeirenses começam a escolher transporte mais barato", disse. O deputado do PND organizou uma manifestação, convocou a comunicação social, e acabou por impedir a ordem da APRAM. Os carros com os atrelados acabaram por dar entrada no porão do navio quatro horas depois do previsto, sob fortes aplausos dos presentes.Para Baltazar Aguiar "há lodo no cais, com a conivência das autoridades regionais. A verdade é que ordem emanada pela APRAM não foi revogada, simplesmente foi verbalmente alterada», disse. O DN apurou que muitos empresários madeirenses passaram a utilizar o serviço do Armas, apesar do contrato de concepção estar limitado ao transporte de passageiros, tendo em conta os preços favoráveis praticados.


(Jornalista - Lília Bernardes)


(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Lisboa)

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Entrevista com José Manuel Coelho












Depois destes meses na Assembleia quais são os seus planos imediatos?Vou voltar à minha actividade profissional normal, porque a actividade política não é uma profissão, pelo menos para mim. Sou trabalhador da construção civil e neste momento estou inscrito no Serviço Regional de Emprego. Vou esperar que surja algum trabalho. Passa de deputado a desempregado?Já estava desempregado antes.Que balanço faz deste período em que esteve na Assembleia?Foi uma experiência enriquecedora, tive oportunidade de trabalhar e ajudar o companheiro Baltazar Aguiar e o PND e, sobretudo, alertar as consciências dos madeirenses para a situação insólita que é haver uma porção do território nacional onde o mesmo partido já manda há 30 anos. É uma situação que produz todos estes interesses instalados e uma oligarquia económica. Foram essas as situações que procurou denunciar?Tive oportunidade de pôr a nu situações muito graves como o porto, que coloca em xeque toda a economia da Região.Outros dos seus alvos preferidos foram Jaime Ramos e Jaime Filipe Ramos. Não foram os únicos, mas eles representam a oligarquia do regime jardinista. É uma cópia menor do que se passa em Angola, onde o José Eduardo dos Santos tem aqueles milhões do petróleo e depois a filha, a família e o Estado-maior dominam tudo. Em Angola administram-se biliões de dólares, aqui são milhões de euros. O combate contra Jaime Ramos é simbólico, não é pessoal, mas contra aquilo que ele representa. O seu comportamento na Assembleia, nomeadamente a exibição de uma bandeira nazi, originou muita polémica. Voltava a fazer o mesmo? Sim, sem dúvida. O que acontece é que a nossa política doméstica não tem qualquer repercussão no continente. O que fazemos aqui não tem grande relevância, a não ser uma 'boca' mais grave do dr. Alberto João contra a República. Os jornais nacionais alheiam-se completamente e é como se isto não existisse. Nós temos uma situação anti-democrática que é ter uma Assembleia que não funciona para os fins que foi criada, que era fiscalizar o Governo, como acontece em todos os parlamentos burgueses. É um avanço das democracias burguesas, mas que aqui não acontece. Só através de uma acção bastante espectacular é que se poderia chamar a atenção do país e foi isso que procurámos fazer. Depois da sua suspensão, garantiu que não iria processar o presidente da Assembleia, no entanto o PND foi queixar-se à Procuradoria-Geral da República. Por mim, não haveria queixa nenhuma, mas a direcção do partido em que estou integrado decidiu que devia processar, para fazer cair o senhor presidente da Assembleia Legislativa. Ele não assume os seus poderes, é uma figura decorativa e não tem condições para estar ali. É curioso que quando eu fazia aquelas sátiras ele advertia-me, mas quando era o Jaime Ramos já não dizia nada. É preciso ver que ele deveria ser a primeira figura da Região, mas está subserviente ao senhor Jaime Ramos. O chefe do grupo parlamentar do PSD manda mais do que o presidente da Assembleia. Se ele caísse, penso que era bom para a democracia da Madeira. O modelo de actuação do PND resultou?Eu acho que sim, porque veio alertar as consciências, porque as pessoas só sabem o que diz a propaganda do Governo.Teve reacções positivas? Sim, senti isso. Muita gente teve outra consciência do que era a Assembleia, um organismo de poder regional que praticamente não funciona, que é decorativo e custa imenso dinheiro ao contribuinte. Uma consequência da sua passagem pela Assembleia foram várias ameaças de processos judiciais. Agora que deixa de ser deputado teme ser processado? É possível que avancem com processos mas eu já estou habituado. Eu não temo os processos em tribunal, porque sigo o que dizia São Paulo: 'que nenhum de vós padeça como ladrão ou malfeitor, mas se forem perseguidos em nome de Cristo considerem-se bem-aventurados'. Fazendo uma analogia, se eu for a tribunal acusado de roubar ou vender droga, é coisa para me envergonhar, mas por delitos políticos até é uma honra. Mas admite que isso possa vir a acontecer?Sim e por isso é que já estou precavido. Não tenho bens em meu nome, nem conta no banco. Podem é mandar-me fazer trabalho comunitário, ou então vou preso e eles vão ter que me dar de comer. Essa sua acção também tem efeitos eleitorais? Tenho a certeza que vamos subir nas próximas eleições, não sabemos quanto, mas vamos subir. Começámos por ser um partido desconhecido, com a brincadeira do Bexiga e até nem acreditávamos muito na eleição de um deputado, mas gora é fácil, até há a possibilidade de elegermos vereadores às câmaras. Nas autárquicas vai concorrer por Câmara de Lobos para, como disse, ajudar o PS-M. Isso não é prejudicial para os socialistas? Não é, porque a nossa campanha visa o esclarecimento dos cidadãos de Câmara de Lobos. O PS enfrenta uma situação grave de dissidências internas, como foram os casos de João Isidoro e Ismael Fernandes que saíram zangados com o partido. Segundo o PS, quiseram ver-se livres deles, da dra. Rita Pestana e do dr. Fernão Freitas, porque eram submarinos jardinistas. Não sei se era assim, mas o que acontece é que Isidoro e Ismael estão a combater o antigo partido. Acho isso mal, porque eu saí do PCP - não saí, eles deitaram-me fora... -, mas não estou a combatê-los. Se queremos uma alternativa democrática temos que viabilizar mudanças. A solução é apoiar o PS em Câmara de Lobos? Penso que podemos conseguir um vereador em Câmara de Lobos mas, se não conseguirmos, vamos fazer com que mais pessoas votem no PS e que não caiam na conversa do senhor João Isidoro Gonçalves (MPT).É um ex-comunista e diz que o PCP ainda é o seu partido. Como se sente integrado num partido de direita? Sempre fui e sou comunista. Este é um partido de direita, mas daquela direita que é hostil ao poder, porque a direita do poder, a do grande capital financeiro, está personificada no PSD e no PS. Ao estar neste grupo do PND estou a aproveitar uma oportunidade para ajudar a democracia. O nosso PND, aqui na Madeira, tem características muito diferentes daquelas que tem no continente. Nós somos um grupo heterogéneo de pessoas que não têm grandes conotações políticas. Só o companheiro Baltazar Aguiar é que pode ser de direita, mas ele já está mudando (risos). Como foi o relacionamento pessoal com os outros deputados, ao longo destes meses? Tenho boas relações com todos, menos com os grandes caciques do regime, porque eles não querem, ficam cheios de ódio. Para esses, encontrar-me é como ver Satanás. Polémico Relógio e bandeira marcaramJosé Manuel Coelho tem 56 anos, é pintor de construção civil e tem o 12º ano de escolaridade. O seu percurso político começou no Partido Comunista Português, de onde saiu por divergências com a direcção regional. No entanto, como faz questão de afirmar, continua a ser comunista e ainda chama ao PCP o 'seu' partido. Nos últimos meses foi o representante do Partido da Nova Democracia na Assembleia e um dos principais protagonitas, dentro e fora do parlamento. Começou por apresentar-se no plenário com um relógio de cozinha ao pescoço, para protestar contra a redução dos tempos de intervenção da oposição. Depois, protagonizou um dos episódios mais polémicos, ao exibir uma bandeira nazi no parlamento, que tentou entregar ao líder da bancada do PSD. A maioria exigiu a sua suspensão que acabaria por ser considerada ilegal.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Baltasar Aguiar estará amanhã, terça-feira, 06/01/2009, na RTP-M às 7:30








O deputado do PND-M, Baltasar Aguiar, estará amanhã, terça-feira, 06 de Dezembro de 2009, pelas 7:30, em directo na RTP-M. No referido programa será feita a revista de imprensa regional.
Pelas 8:30, será transmitida a repetição do programa.

sábado, janeiro 03, 2009

Braga: Manuel Monteiro (PND) defende que distrito seja considerado zona franca como a Madeira


















Lisboa, 03 Jan (Lusa) - O presidente do Partido da Nova Democracia (PND), Manuel Monteiro, defendeu hoje num encontro com o arcebispo de Braga que o distrito bracarense seja considerado uma zona franca em termos fiscais, como a Madeira.


Manuel Monteiro disse à agência Lusa que pediu a audiência com D. Jorge Ortiga no seguimento da apresentação da Missão Minho, um movimento de cidadãos que está a apoiar a sua candidatura a deputado pelo distrito de Braga nas próximas eleições legislativas.
O líder do PND, a exercer estas funções até 31 de Janeiro, adiantou que falou com o arcebispo de Braga sobre a situação que o "Minho vive como uma das regiões do país mais afectadas pela crise económica e pelo desemprego".
"Fui transmitir a D. Jorge Ortiga a ideia de que acredito que a resolução dos problemas do distrito de Braga não passa pela mão estendida apenas na busca de subsídios e na busca de soluções fáceis, que ao mesmo tempo são de dependência governamental", sublinhou.
Manuel Monteiro levou um conjunto de propostas ao arcebispo primaz de Braga e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, das quais salientou a criação de uma zona franca em termos fiscais para o distrito de Braga, que "não é menos que a Madeira".
"Se a Madeira tem uma zona franca onde os investidores têm isenção de impostos para poderem investir, penso que se justifica, mais que nunca, que Braga seja uma zona franca fiscal que permita que os investidores económicos de fora, do próprio distrito e da região do Minho tenham mais do que benefícios, ou seja, tenham isenções no plano fiscal durante um período mínimo de cinco anos para fazer face à crise", sustentou.
O candidato a deputado pelo distrito de Braga disse, também, que deixou "uma mensagem e um alerta" ao arcebispo de Braga, no sentido de que o "o PCP e o Bloco de Esquerda estão a tentar transformar Braga na Setúbal do Norte".
Para Manuel Monteiro, estes partidos têm uma "estratégia de aproveitamento das crises económicas que se vivem na região para tentar capitalizar isso do ponto de vista político".
Manuel Monteiro é líder do PND até 31 de Janeiro, dia em que será realizado um congresso partidário para eleger um novo presidente.


(Com a devida vénia à RTP e à Agência Lusa)

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Madeira: Partidos com deputado único mudam representantes no Parlamento no início do ano

´









Funchal, 01 Jan (Lusa) - Os partidos com um deputado no parlamento madeirense (PND, BE e MPT) anunciaram que vão iniciar o ano, mudando os seus representantes na Assembleia Legislativa da Madeira. No Partido da Nova Democracia, o dirigente regional, Baltasar Aguiar, regressa ao Parlamento, substituindo José Manuel Coelho, o polémico deputado que ficou conhecido pela sua irreverência nos últimos meses durante os plenários. Dos vários episódios protagonizados por José Manuel Coelho, destaque para quando colocou ao pescoço um relógio de cozinha, o dia em que se sentou, usando trajes coloridos, numa cadeira em frente à Assembleia Legislativa, protestando contra o excessivo tempo de férias dos deputados e o desfraldar da bandeira nazi. José Manuel Coelho alega “desgaste” para justificar a sua saída e anunciou que se vai dedicar a um outro projecto político, a luta por um lugar nas autárquicas de Câmara de Lobos para minimizar a influência de João Isidoro Gonçalves do MPT naquele concelho, “ajudando o PS a derrotar o PSD”. Quanto ao Bloco de Esquerda, cumprindo o compromisso de rotatividade assumido na última convenção regional e na campanha eleitoral, coordenador regional, Roberto Almada, que substituiu o deputado eleito Paulo Martins, que teve de abandonar o cargo por motivos de saúde, vai ceder durante um ano o seu lugar no Parlamento a Fernando Letra. Roberto Almada afirmou que se vai dedicar à coordenação do BE para a luta dos três actos eleitorais que acontecem em 2009. No MPT sai João Isidoro e entra Jaime Silva.

(Com a devida vénia à Agência Lusa)

Coelho em C. Lobos para tirar votos ao MPT











PND do lado do PS, pela alternativa; Arlindo Gomes não comenta silêncio de Jardim

"Tirar votos ao MPT e ajudar o Partido Socialista a ser alternativa" nas eleições autárquicas deste ano. A meta do PND é ambiciosa, mas José Manuel Coelho acredita que é possível "capitalizar as brigas internas no PSD de Câmara de Lobos" para conquistar parte do eleitorado insatisfeito com a actual conjuntura. Enquanto o PND 'se atira' ao que interpreta com um sinal de fragilidade social-democrata (a indefinição relativamente ao candidato pelo concelho), Arlindo Gomes remete-se ao silêncio sobre o seu futuro na autarquia de Câmara de Lobos.Para o autarca social-democrata não é o momento de tecer quaisquer comentários sobre as opções do partido ou até mesmo sobre o interesse das mais recentes formações partidárias - MPT e PND - pelo concelho."Neste momento, estou preocupado em executar o meu mandato e em fazer aquilo a que me comprometi", sublinha Arlindo Gomes.Parco nas palavras é também o presidente da Junta de Freguesia de Câmara de Lobos. Higino Teles lembra que cabe à Comissão Política Regional decidir o 'timing' para dar a conhecer a candidatura câmara-lobense, embora considere que o 'não anúncio' é "perfeitamente normal". "Salvo raras excepções os outros partidos ainda não anunciaram as suas candidaturas", argumenta.Apesar de entender como normal a incerteza sobre o candidato 'laranja' para Câmara de Lobos, Higino Teles reconhece que a situação pode ser responsável pelo interesse reforçado da oposição no concelho. "Eu interpreto algumas candidaturas como não tendo por objectivo principal os resultados eleitorais, mas sim o aproveitamento mediático", acrescenta ainda o presidente da Junta de Freguesia. A crítica de Higino Teles encaixa-se no perfil do PND-M. Na resposta, José Manuel Coelho ironiza e refere que a sua campanha vai incidir sobre o esclarecimento porta-a-porta. "Não temos interesses mediáticos, apenas queremos promover uma alternativa política em Câmara de Lobos", atesta. Coelho quer "evitar o voto no MPT e no Isidoro ressabiado com o PS", já que o partido, diz o deputado do PND, não passa de "uma bengala do PSD". Ao contrário de Coelho, o líder do MPT não se intromete na estratégia dos outros partidos. Isidoro Gonçalves diz que não valoriza mais um candidato em detrimento do outro. "O candidato Coelho será tratado em pé de igualdade com os candidatos dos outros partidos e espero que ele tenha o mesmo princípio", frisou o presidente do MPT. Isidoro Gonçalves apela ao PND para que contribua para o debate sério e credível na autarquia câmara-lobense. MPT define estratégiaO MPT reúne, nos próximos dias, a Comissão Executiva para redistribuir responsabilidades e definir estratégias da candidatura para as autárquicas. "Vamos definir as estratégias e os timing's em todos os concelhos", adiantou, ao DIÁRIO, Isidoro Gonçalves. O MPT vai ter candidatos em todos os municípios do arquipélago, concorrendo, no mínimo, a todos executivos camarários. Na faixa Sul, entre Câmara e Machico, o partido de Isidoro pretende concorrer à Câmara Municipal e às freguesias.

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

Cavaco e Coelho marcam política regional de 2008












A visita do Presidente da República à Madeira em Abril e a polémica em torno do deputado do PND que desfraldou uma bandeira nazi no parlamento foram alguns dos factos que marcaram a política na região em2008.
Cavaco Silva fez uma visita oficial à Madeira em Abril que ficou marcada pelas críticas em torno da não realização de uma sessão solene na Assembleia Legislativa (ALM).
Quanto ao episódio com o deputado único da Nova Democracia, José Manuel Coelho, gerou outros acontecimentos que colocaram a ALM em polvorosa, como a suspensão ilegal do mandato e a proibição de entrada nas instalações do parlamento, casos que originaram queixas em tribunal e puseram mesmo em cheque o presidente do principal órgão de governo próprio da região.
O PND protagonizou ainda outros episódios polémicos, como no dia em que José Manuel Coelho apareceu de relógio de cozinha ao pescoço, da distribuição de 7500 euros a idosos contestando o aumento das subvenções aos partidos aprovado na ALM, a afixação de cartazes a denunciar a alegada corrupção nos portos da Madeira e outro colocando Jardim como o “padrinho” da máfia.
O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, que completou três décadas à frente do governo madeirense, esteve igualmente em foco, começando o ano com a recusa em aplicar a Lei do Tabaco na região e fazendo aprovar um diploma menos rígido.
O mau relacionamento entre os executivos regional e central foram mote para várias acusações do líder madeirense ao executivo de José Sócrates ao longo do ano.
Jardim foi também notícia quando negou o apoio à candidatura de Manuela Ferreira Leite para a liderança nacional do PSD, dizendo ser “um general sem tropas” chegou mesmo a perfilhar-se como candidato.No Verão avançou com a ideia de criação de um novo projecto político, mas acabou dando como prazo o primeiro trimestre de 2009 para a actual presidente social democrata “mostrar do que é capaz”.
A nível interno, Jardim procedeu a alterações na comissão política do PSD/M, afastou os “delfins” e confirmou a sua liderança num congresso regional que decorreu à porta fechada.
No parlamento insular, após quatro eleições, a bancada do PS continua a não conseguir colocar na Mesa como vice-presidente o deputado Bernardo Martins, porque João Isidoro Gonçalves do MPT, expulso pelos socialistas, recusa votar neste candidato.
O PS/M declara-se “magoado” com a falta de apoio da estrutura nacional do partido e aponta que o secretáriogeral José Sócrates ainda não fez qualquer visita à Madeira.
O ano ficou ainda marcado pela liberalização da linha aérea entre a Madeira e o continente, o chumbo na Assembleia da República à primeira revisão da Lei de Finanças Regionais, as comemorações do 500 anos do Funchal, um processo resolvido em tribunal, envolvendo Edite Estrela e Alberto João Jardim, em que este foi condenado a apagar uma indemnização cível de 20 mileuros à eurodeputada pelo crime de difamação.

(Com a devida vénia ao Diário Cidade)