Denúncia. PND diz que a PSP foi chamada a travar embarque de mercadoria
O Instituto Portuário da Madeira tentou impedir a entrada de mercadorias no navio Armas que faz a ligação Canárias, Funchal, Portimão. O PND organizou uma manifestação no local e acabou por permitir o embarque de mercadoria. A operação acabou por ser efectuada sob fortes aplausos. De acordo com Baltazar Aguiar, dirigente da Nova Democracia, "havia agentes da PSP por todo o Funchal e à entrada do porto para travar o embarque dos atrelados alegando que o navio estava cheio, ou seja, em overbooking, …quando não era verdade. Facto que veio a ser provado", disse ao DN. E quer agora que o Ministro da Administração Interna esclareça que ordens foram dadas à PSP do Funchal para impedir a entrada de mercadorias no ferry espanhol O problema dos portos da Madeira é um problema antigo há muito debatido por todos os partidos da oposição, dado que a operação marítima com mercadorias está reservada, em regime de monopólio a uma empresa tutelado pelo Grupo Sousa. Só que, recentemente, foi alargada a operação marítima ao transporte de passageiros e mercadorias a um armador espanhol. Este armador, ao utilizar uma ferry-boat gerou condições para um transporte concorrencial de mercadorias. Contudo, a respectiva licença não abrangerá o transporte de mercadorias, apenas de passageiros. Entendimento diferente tem o PND considerando que o que está em causa uma tentativa "descarada" de protecção ao monopólio do Grupo Sousa. Ontem, Baltazar Aguiar, deputado do PND, teve conhecimento de que o navio Armas recebera em alto-mar, quando se dirigia para a Madeira, um fax da Administração dos Portos da Região Autónoma (APRAM) que proibia o carregamento de mercadoria no porto do Funchal quando "há seis meses que o fazia e ninguém ligava nenhuma. O problema é que os empresários madeirenses começam a escolher transporte mais barato", disse. O deputado do PND organizou uma manifestação, convocou a comunicação social, e acabou por impedir a ordem da APRAM. Os carros com os atrelados acabaram por dar entrada no porão do navio quatro horas depois do previsto, sob fortes aplausos dos presentes.Para Baltazar Aguiar "há lodo no cais, com a conivência das autoridades regionais. A verdade é que ordem emanada pela APRAM não foi revogada, simplesmente foi verbalmente alterada», disse. O DN apurou que muitos empresários madeirenses passaram a utilizar o serviço do Armas, apesar do contrato de concepção estar limitado ao transporte de passageiros, tendo em conta os preços favoráveis praticados.
(Jornalista - Lília Bernardes)
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Lisboa)
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