quinta-feira, janeiro 01, 2009

Cavaco e Coelho marcam política regional de 2008












A visita do Presidente da República à Madeira em Abril e a polémica em torno do deputado do PND que desfraldou uma bandeira nazi no parlamento foram alguns dos factos que marcaram a política na região em2008.
Cavaco Silva fez uma visita oficial à Madeira em Abril que ficou marcada pelas críticas em torno da não realização de uma sessão solene na Assembleia Legislativa (ALM).
Quanto ao episódio com o deputado único da Nova Democracia, José Manuel Coelho, gerou outros acontecimentos que colocaram a ALM em polvorosa, como a suspensão ilegal do mandato e a proibição de entrada nas instalações do parlamento, casos que originaram queixas em tribunal e puseram mesmo em cheque o presidente do principal órgão de governo próprio da região.
O PND protagonizou ainda outros episódios polémicos, como no dia em que José Manuel Coelho apareceu de relógio de cozinha ao pescoço, da distribuição de 7500 euros a idosos contestando o aumento das subvenções aos partidos aprovado na ALM, a afixação de cartazes a denunciar a alegada corrupção nos portos da Madeira e outro colocando Jardim como o “padrinho” da máfia.
O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, que completou três décadas à frente do governo madeirense, esteve igualmente em foco, começando o ano com a recusa em aplicar a Lei do Tabaco na região e fazendo aprovar um diploma menos rígido.
O mau relacionamento entre os executivos regional e central foram mote para várias acusações do líder madeirense ao executivo de José Sócrates ao longo do ano.
Jardim foi também notícia quando negou o apoio à candidatura de Manuela Ferreira Leite para a liderança nacional do PSD, dizendo ser “um general sem tropas” chegou mesmo a perfilhar-se como candidato.No Verão avançou com a ideia de criação de um novo projecto político, mas acabou dando como prazo o primeiro trimestre de 2009 para a actual presidente social democrata “mostrar do que é capaz”.
A nível interno, Jardim procedeu a alterações na comissão política do PSD/M, afastou os “delfins” e confirmou a sua liderança num congresso regional que decorreu à porta fechada.
No parlamento insular, após quatro eleições, a bancada do PS continua a não conseguir colocar na Mesa como vice-presidente o deputado Bernardo Martins, porque João Isidoro Gonçalves do MPT, expulso pelos socialistas, recusa votar neste candidato.
O PS/M declara-se “magoado” com a falta de apoio da estrutura nacional do partido e aponta que o secretáriogeral José Sócrates ainda não fez qualquer visita à Madeira.
O ano ficou ainda marcado pela liberalização da linha aérea entre a Madeira e o continente, o chumbo na Assembleia da República à primeira revisão da Lei de Finanças Regionais, as comemorações do 500 anos do Funchal, um processo resolvido em tribunal, envolvendo Edite Estrela e Alberto João Jardim, em que este foi condenado a apagar uma indemnização cível de 20 mileuros à eurodeputada pelo crime de difamação.

(Com a devida vénia ao Diário Cidade)














Sem comentários: