O deputado descreve Cavaco como "o candidato do centrão"José Manuel Coelho apresentou hoje no Tribunal Constitucional a sua candidatura à Presidência da República, subscrita por 7700 mil proponentes.
O deputado do PND na Assembleia Legislativa da Madeira anunciou que o processo da sua propositura, nomeadamente a confirmação das assinaturas, está a ser analisado por técnicos do Palácio Ratton.
Primeiro candidato madeirense à Presidência da República, Coelho apresenta como seu primeiro objectivo o combate e denúncia da corrupção. "Sem um combate eficaz à corrupção, não há medidas de austeridade que resistam e que salvem o país", assegura.
A segunda 'bandeira' da candidatura de Coelho é a eliminação das regalias e privilégios da classe política portuguesa: "Quero denunciar e corrigir os salários dos 'boys' políticos, pois os dois grandes partidos do bloco central - PSD e PS - vão-se alternando no poder e distribuindo entre si esses cargos com remunerações imorais".
O terceiro vector é a moralização dos tribunais e do sistema de justiça. "A justiça portuguesa, em vez de defender o interesse do país, está ao serviço das máfias que roubam o povo português. É por isso que no continente todas as grandes investigações em casos de corrupção acabaram em arquivamento”, diz o deputado do PND que, por conotar o PSD madeirense com a bandeira nazi, foi expulso e impedido de entrar na assembleia legislativa da região que considera “um enclave” na democracia portuguesa.
Na óptica de Coelho, os outros cinco políticos que se apresentam nesta corrida ao Palácio de Belém "não têm nada a dizer ao país, não têm chama e não entusiasmam o povo português". O candidato madeirense que declara “guerra aos senhores do dinheiro que querem manter o candidato do centrão, Cavaco Silva, no poder”, acusa as televisões de “boicotar a acesso aos debates” e “ao fazerem isso estão a demonstrar que as eleições são uma farsa, uma perda de tempo”.
Cavaco Silva, segundo o deputado do PND, "tem sido um Presidente do tipo corta-fitas e papa-jantares como o foi o almirante Américo Tomás. Ele não intervém na vida pública do país e, face ao descalabro financeiro do país, tem tido apenas um neutralismo colaborante. E isso não admira, porque ele foi o pai do défice, pois durante os dez anos em que foi primeiro-ministro começou o despesismo e o descalabro das contas públicas".
Jornalista: Tolentino Nóbrega
(Com a devida vénia ao Público)
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