quinta-feira, janeiro 20, 2011

José Manuel Coelho sugere Jardim para liderar Governo de salvação nacional



"Era bom que Cavaco Silva e José Sócrates fizessem um favor ao país. Propunha que fizessem um Governo de Salvação Nacional e escolhessem os amigos muito hábeis a ganhar dinheiro”, afirmou hoje o candidato.

O candidato presidencial José Manuel Coelho esteve hoje de manhã no Chiado, em Lisboa, a anunciar o elenco de um Governo de salvação nacional, que inclui nomes como Dias Loureiro e Oliveira e Costa e Alberto João Jardim.

“Para primeiro-ministro, [proponho] o doutor Alberto João Jardim, que é o exemplo de uma pessoa que está em condições para fazer uma boa gestão financeira dos recursos económicos do país. Para ministro da Indústria e das Reciclagens, o senhor Armando Vara; para ministro dos Negócios Estrangeiros, o doutor Cavaco devia colocar lá o seu amigo Deus Pinheiro. Já agora, o doutor Dias Loureiro para o Ministério dos Investimentos Ocultos. Depois, teríamos também o engenheiro Oliveira e Costa para ministro das Finanças e presidente do Banco de Portugal, não esquecendo ainda o doutor Paulo Portas, para ministro das Relações Internacionais Profundas. Também não esquecendo o senhor Isaltino Morais, de Oeiras, que devia ser escolhido para ministro da Justiça”, elencou.

As propostas foram apresentadas junto à estátua de Fernando Pessoa, no café "A Brasileira", depois de lembrar que o poeta foi um dos mais "inconformados" do seu tempo com a decadência do país.

"Era bom que Cavaco Silva e José Sócrates fizessem um favor ao país. Propunha que fizessem um Governo de Salvação Nacional e escolhessem os amigos muito hábeis a ganhar dinheiro e que enriqueceram de um momento para o outro. Para salvar o país do descalabro financeiro e da bancarrota", ironizou o candidato apoiado pelo Partido Nova Democracia.

José Manuel Coelho exigiu ainda a Cavaco Silva, apoiado por PSD, CDS-PP e MEP, que explique como ganhou dinheiro no BPN e como comprou a casa de férias na aldeia da Coelha, defendendo que "a vida de um Presidente da República deve ser um livro aberto e não um enigma".

Quanto aos seus bens pessoais, o candidato presidencial garantiu que os portugueses "estão à vontade" para os conhecer e afirmou que não tem nada a esconder: "Tenho lá na Madeira dois cães e duas aves, para as juízas do regime irem lá penhorar".

Confrontado com os dados da sondagem hoje publicada, José Manuel Coelho manifestou-se "contente" e considerou que "ainda há condições para passar à segunda volta".

(Com a devida vénia à Rádio Renascença)

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