José Manuel Coelho considera que Cavaco Silva produz uma "mensagem hipócrita e artificial" e um "discurso encomendado, oco e vazio"
Candidato madeirense esteve esta manhã na Quinta do Lorde para criticar os "patos bravos" e o Tribunal Administrativo
José Manuel Coelho reage com naturalidade ao facto de ter sido mais visto do que Cavaco Silva na série de entrevistas dos candidatos presidenciais, conduzida pela jornalista Judite de Sousa, na RTP 1.
"O meu discurso é sincero e eu digo o que as pessoas pensam nos seus corações", comentou o candidato madeirense à Presidência da República. Criticou Cavaco por ser assessorado por especialistas em marketing político, produzindo uma "mensagem hipócrita e artificial" e "um discurso encomendado, oco e vazio". Disse que os seus técnicos de imagem são "o povo pobre".
Coelho esteve ontem no miradouro da Quinta do Lorde, no Caniçal, em acção no terceiro dia oficial de campanha para se insurgir contra "os patos bravos" numa alusão aos promotores daquele empreendimento de luxo. "Construíram em plena Rede Natura 2000, delapidando o 'habitat' natural das aves endémicas", justificou. Criticou ainda o Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal que "congelou a acção popular", permitindo que a obra prosseguisse e fosse concluída.
José Manuel Coelho citou a poesia de Ary dos Santos "a razão dos pobres não se diz, conquista-se a golpes de vontade", para declarar que a sua é a candidatura das pessoas sem voz, dos que vivem à margem do progresso, dos desamparados e dos oprimidos.
"Eu não tenho dinheiro para fretar camionetas para ter gente sempre atrás de mim, nem pagar pagar almoços em restaurantes como fazem os candidatos do sistema", referiu. Isto para transmitir que a sua candidatura é a dos pobres.
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)
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