Gil Canha contesta obra para "alimentar o monstro da construção civil" e alerta para a ameaça que representa o 'cotovelo' da Ponte Vermelha
Além de contestar a obra de canalização da ribeira no vale da Serra de Água, o PND adverte para o perigo que recair a Vila da Ribeira Brava. Nomeadamente no ‘cotovelo’ da Ponte Vermelha, onde está localizado o quartel dos bombeiros, por considerar que este ponto crítico é doravante um problema acrescido com a ‘via expresso’ em que está transformado o leito.
Conclusões e preocupações apresentadas esta manhã por Gil Canha junto da extensa obra. Naquele que “era um dos vales mais bonitos da Madeira” acusou o governo PSD de Miguel Albuquerque de o ter “destruído” para “alimentar o monstro da construção civil” que “vive destes expedientes”. Para o cabeça-de lista do PND, em vez do dinheiro da Lei de Meios servir essencialmente para resolver os reais problemas que ainda persistem, nomeadamente nas zonas altas e assim “injectar dinheiro na economia real” dando emprego a canalizadores, estocadores, pintores, electricistas e outros, “o dinheiro esfumou-se” no monstro da construção civil que em minutos põe esse capital nos offshores fora da Madeira e ainda obtém “lucros tremendos” obtendo os materiais dentro da ribeira, numa obra, que apesar da grande dimensão, “pouco emprego dá” porque o principal recurso é a maquinaria.
Mas “pior ainda é que a população da Vila da Ribeira Brava está em perigo porque fica ameaçada com esta obra”, considera Gil Canha, apontando para o figurino da canalização, para concluir que em caso de chuva intensa “as águas vão apanhar uma energia cinética de tal ordem que quando chegar à Ponte Vermelha – cotovelo junto ao quartel dos BVRB - vai ser um problema, porque a velocidade será muito grande”.
Teme por isso por eventuais consequências que possam resultar desta obra vultuosa, que considerou “dinheiro mal investido” e de “pouca-vergonha do regime do PSD”.
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)
Sem comentários:
Enviar um comentário