Candidatura foi às Achadas da Cruz “abrir os olhos” de quem vive no isolamento
A candidatura do PND foi hoje à freguesia mais afastada do Funchal e com menos população residente, não só para ‘sentir ‘ as dificuldades dos (poucos) que ainda vivem nas Achadas da Cruz, mas também “para abrir-lhes os olhos e explicar-lhes que os políticos que agora dizem que defendem a Madeira andam em grandes passeatas com namoradas e com a sua côrte partidária a gastar o dinheiro dos contribuintes em vez de estarem aqui na Madeira a resolver os problemas da Madeira mais isolada”, criticou Gil Canha. O reparo do cabeça-de-lista da Nova Democracia visou os três líderes que encabeçam as candidaturas do CDS, Coligação Mudança e PSD. Nomeadamente José Manuel Rodrigues, que passou por Canárias “porque só agora acordou para o ARMAS”, e Miguel Albuquerque por ter ido a Lisboa “pedir ao Primeiro-Ministro mais um ano de austeridade e mais 300 milhões para Alberto João Jardim desbaratar”, acusou.
Ao contrário daqueles que preferem aproveitar a campanha para viajar para longe da ilha, o PND optou por percorrer estradas sinuosas até a freguesia mais longínqua onde encontraram a “genuína” Madeira rural. Só que pior que o isolamento daquela população foram “os cenários de verdadeiro horror” que Gil Canha diz ter encontrado no longo caminho. Desde “obras inacabadas” a “ETARs que não funcionam”, passando por “marinas que estão abandonadas num completo desmazelo”, até um “monstro” chamado Centro Cívico da Ponta do Pargo, onde também viram “um campo de golfe que custou milhões e está lá aos coelhos abandonado”. Tantos ‘atentados’ que segundo o PND reflecte “a Madeira do PSD”.
Na freguesia nortenha reuniram com o presidente da Junta e contactaram com as (poucas) pessoas. Aproveitou também para constatar, que ao contrário do que dizia o Governo, a melhoria das acessibilidades não travou a emigração das pessoas do campo para as cidades. “Pelo contrário, até esvaziaram mais o campo”, concluiu.
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)
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