Gil Canha, cabeça-de-lista do PND, avançou ainda que vai ser apresentada queixa pela destruição de cartazes em Santa Cruz
A candidatura do Partido da Nova Democracia (PND) às eleições na Madeira vai apresentar queixa na Comissão Nacional de Eleições (CNE) e na Polícia de Segurança Pública pela destruição, esta noite, dos cartazes afixados em Santa Cruz.
O cabeça de lista do PND, Gil Canha, comunicou hoje aos jornalistas a "destruição total" dos cartazes do partido, que estavam afixados na cidade de Santa Cruz, concelho vizinho do Funchal, e disse que a candidatura vai apresentar queixa na CNE e na Polícia de Segurança Pública contra desconhecidos.
"Isso [a destruição dos cartazes] preocupa-nos porque, no fundo, mede bem o grau de democracia que existe no concelho de Santa Cruz", disse Gil Canha, realçando: "até já parece os tempos negros do doutor Alberto João Jardim, quando destruíam a nossa campanha eleitoral na cidade do Funchal".
A Câmara Municipal de Santa Cruz é liderada pelo movimento Juntos Pelo Povo (JPP), que também está na corrida às eleições legislativas regionais antecipadas de 29 de março.
O PND desenvolveu, entretanto, uma ação de campanha no sítio do Trapiche, junto à Cota 500, no Funchal. A Cota 500 é uma via rápida projetada para atravessar as zonas altas da cidade, mas as obras foram interrompidas por falta de financiamento.
"Viemos aqui, à Cota 500, que é uma espécie de templo do despesismo jardinista", declarou Gil Canha, salientando: "Foi uma obra megalómana do doutor Jardim, que só em muros de pedra aparelhada dava para resolver todos os problemas das zonas altas em termos de acessibilidades".
O candidato acusou, por outro lado, o executivo madeirense de ter "marginalizado" os habitantes das zonas altas do Funchal, dando prioridade ao vale da Ribeira Brava, onde decorrem obras de correção da ribeira no valor de 60 milhões de euros, e ao Estreito de Câmara de Lobos, onde vai ser construída uma via rápida em "zonas de terreno fértil que dava bom vinho".
"Isto é uma prova que o regime jardinista e o regime do PSD sempre marginalizaram as zonas altas. Apostaram no futebol, apostaram no Jornal da Madeira, apostaram nas obras megalómanas, alimentaram o monstro da construção civil no vale da Ribeira Brava, e as pessoas aqui, que sofreram com o 20 de fevereiro [temporal de 2010], estão sempre à parte de todo este processo que o doutor Jardim diz que é a Madeira nova", afirmou Gil Canha.
O PDN é uma das 11 forças políticas (oito partidos e três coligações) que concorrem às eleições legislativas antecipadas de 29 de março na Madeira. O ato eleitoral foi marcado na sequência da demissão do presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, depois de ter sido substituído na liderança do PSD por Miguel Albuquerque.
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)
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