A figura do agricultor Manuel Bexiga, a viatura funerária agora baptizada de «carro do coração», músicas populares com letras que satirizam Alberto João Jardim são alguns dos elementos hoje apresentados pela candidatura do PND pelo círculo da Madeira.
O carro que foi utilizado pelo ex-deputado José Manuel Coelho na última campanha para as Presidenciais foi hoje colocado na entrada do mercado dos Lavradores, no Funchal, numa iniciativa de campanha da candidatura da Nova Democracia. O actor Márcio Amaro «vestiu» novamente a personagem do Manuel do Bexiga, o típico agricultor madeirense com barrete de orelhas, e transformou o tejadilho do carro funerário num palco para o primeiro comício do PND-Madeira.
Utilizou várias músicas conhecidas, entre as quais o «Bate, Bate Coração» de Carlos Paião, com uma letra que diz, entre outras frases, que «passados 30 anos, vamos fazer planos para enterrar o Jardim»; «estamos todos lá no fundo por causa de um vagabundo que não quer trabalhar»; e «devia haver revolução, a Madeira assim não tem valor».
Um outro tema brasileiro fala do cabeça de lista, Hélder Spínola, como o «duro que vai ganhar» e a conhecida «Guantanamera» foi transformada no «Aguenta Madeira», entoada por um Bexiga que segura uma tábua na mão. O Manuel do Bexiga disse também ter ido à casa do deputado (Guilherme) Silva e tirado os rendimentos que ele não declarou. Exibindo um saco plástico com muitas fotocópias de notas (mais de 180 mil euros), anunciou que iria entregar o dinheiro à Fundação Social Democrata da Madeira.
Ao contrário de José Manuel Coelho, o candidato do PND-M, Hélder Spinola, não subiu ao tejadilho do carro funerário para dirigir-se aos populares que se concentraram na porta do Mercado e a alguns turistas admirados com a iniciativa.
«Temos de rir para não chorar com as despesas que os governos de lá e de cá nos puseram às costas», disse. Apelou ao «voto no coração», o símbolo do PND, o primeiro partido no boletim de voto das eleições de 05 de Junho.
Mencionou que o «Orçamento da Madeira tem muitas carraças e está muito parasitado», pelo que a região precisa de alguém na Assembleia da República que «exponha o que se passa» no arquipélago, o que não é possível com deputados que estão en S.Bento há mais de 30 anos.
«Temos de escolher outra pessoa», sublinhou.
(Com a devida vénia ao Diário-IOL)
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