O avanço de Hélder Spínola como cabeça de lista do PND-Madeira às eleições legislativas de 5 de Junho está a dar que falar entre as estruturas partidárias da Região.
A candidatura do independente ganhou destaque, ontem, nas redes sociais, com a classe política a prestar especial atenção ao lema de Spínola: "uma candidatura contra os partidos".
"Se esse partido ganhar, acaba com os partidos e com a democracia?", ironiza o independente Carlos Pereira, lembrando que "sem partidos não há democracia".
Na resposta, Spínola explica que não quer acabar com os partidos. A ideia, diz, é demonstrar que essa não e´ "a única forma de surgirem candidaturas".
Também nas redes sociais, o centrista Lopes da Fonseca questiona a legitimidade de "alguém se afirmar independente" e, depois, "todos os partidos lhe servem para se candidatar".
O deputado vai mais longe e considera que usar "um partido e dizer que se apresenta contra os partidos (...) é a mais pura contradição e hipocrisia política".
Também para o economista Ricardo Fabrício, "a negação da possibilidade da democracia sem partidos é capaz de corresponder a um exercício de negação - em abstracto - da própria democracia".
Curiosamente, a mais positiva das reacções ao avanço de Spínola é a de José Manuel Coelho, ex-candidato da Nova Democracia, que já teve interesse em 'arrecadar' o investigador para a sua lista às legislativas, embora adiante que nunca o chegou a convidar.
O agora candidato do PTT diz que o PND sai a ganhar com o "prestígio" de Spínola, um nome que vai permitir ao partido amenizar "a sua carga de direita".
Coelho garante não temer perder votos para Spínola porque o seu eleitorado é, vinca, o povo humilde e os desempregados e não tanto os intelectuais e ambientalistas.
O cabeça de lista do PTT-M às próximas eleições diz ainda a propósito das listas em fase de finalização que alguns intelectuais "fazem-se finos enquanto o projecto não é sólido".
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)
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