Gil Canha associa-se à queixa do PS no Ministério Público
"Nós temos vários processos judiciais, temos processos do Grupo Sousa, de membros do Jornal da Madeira, membros do Governo Regional, na nossa colecção só nos falta uma medalha que é um processo do senhor Jaime Ramos. Não temos esse bombom e agora talvez ele nos ofereça esse presente". Foi assim que Gil Canha, dirigente do Partido da Nova Democracia, começou uma conferência de imprensa, esta manhã, no Funchal.
O vereador da Câmara Municipal do Funchal garantiu que o seu partido irá acompanhar a queixa do PS-M, junto do MInistério Público, para que "se investigue as empresas do senhor Jaime Ramos e do seu filho e de todos os negócios que envolvem ligações ao Governo". Uma iniciativa dos socialistas que resultou numa ameaça de processo judicial de Jaime Ramos e Jaime Filipe Ramos, contra o líder parlamentar do PS-M, Carlos Pereira, o DIÁRIO e o jornalista que escreveu a notícia.
Gil Canha recorda que os elementos do PND já tinham procurado averiguar qual o património da família Ramos. "Há uns anos, consultámos a declaração de rendimentos e património do senhor Jaime Ramos e do seu filho, no Tribunal Constitucional e, curiosamente, havia dezenas de empresas, na altura contámos quase 60, muitas delas fornecedores do Governo Regional e das empresas que fazem empreitadas para o Governo", recorda. Alguns anos depois, nova consulta junto do Tribunal Constitucional deu um resultado completamente diferente: "Desapareceu tudo. Voltámos a consultar a lista de património do senhor Jaime Ramos e do seu filho e só apareceu uma empresa, a Somagesconta, que gere participações sociais".
Gil Canha acusa Jaime Ramos e Jaime Filipe Ramos de "esconderem todo o património" numa empresa só. "Fizemos queixa ao Tribunal Constitucional e até hoje não sabemos qual foi a resposta", afirma.
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)
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