segunda-feira, setembro 06, 2010

PS e PND juntos na criação de uma "alternativa de regime"















O PND-Madeira juntou-se hoje ao PS-Madeira na construção da ‘Plataforma Democrática’ tida como "alternativa de regime".

Após um encontro entre estruturas partidárias, Jacinto Serão e Baltazar Aguiar convergiram na necessidade de denunciar o que é "patológico" no regime jardinista que governa a Madeira há quase 40 anos.

As direcções do PS-M e do PND-M, reuniram na sede do PS e do encontro emergiu um acordo para a operacionalização de acções políticas conjuntas, no quadro de convergência proposto pela Plataforma Democrática.

O encontro reforça um projecto que ganha dimensão, após o encontro similar tido a semana passada com o Bloco de Esquerda (BE).

Na conferência de imprensa, Jacinto Serrão disse que o grande objectivo da Plataforma Democrática “é o de devolver a esperança” aos madeirenses e deixou claro que essa expectativa já não pode ser cumprida pelo PSD, “cujo projecto político está esgotado”, nem por Alberto João Jardim, “que não tem qualquer percepção sobre a realidade”.

Para o líder do PS-Madeira, a Plataforma Democrática tem condições para se transformar “num arco democrático”, uma entidade capaz de “oferecer as soluções” para os constrangimentos que tolhem e bloqueiam a Autonomia, a Democracia e o Estado Social na Região.

Por seu turno, Baltazar Aguiar declarou o seu “apoio incondicional” ao projecto, tendo prometido “colaboração total” na operacionalização dos pressupostos políticos.

O dirigente do PND apelou ainda aos cidadãos independentes “para que se aproximem e contactem os partidos”, garantindo que a Plataforma Democrática é a prova de que “é possível vivermos de outra maneira a Autonomia na RAM”.

A reforma do sistema político, em particular o funcionamento da Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), o reforço dos poderes autonómicos e a busca de soluções para a conjuntura de crise económica e social que afecta indiscriminadamente particulares, famílias e empresas são as grandes linhas de convergência propostas pela Plataforma Democrática à sociedade madeirense.

Para Baltazar Aguiar, o desrespeito pelo estatuto das oposições e o parlamento "fantoche" que se recusou a levantar a imunidade ao presidente Miguel Mendonça para responder por um crime cuja moldura penal pode chegar aos 8 anos de prisão, a par do mandato 'cassado' a Victor Feitas há mais de um ano é a prova provada para que os madeirenses decidam, de uma ver por todas, se são "carne ou peixe".

(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

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