Não é verdade que a CMF concorda a 100%
O PND está contra o aproveitamento do aterro marítimo colocado em frente à cidade do Funchal depois da intempérie de 20 de Fevereiro.
Segundo o vereador Gil Canha, o destino final dos inertes ali depositados deveria ser o encaminhamento ou para a Praia Formosa ou para a Praia do Toco, zonas de erosão costeira.
Por outro lado, o vereador do PND na Câmara do Funchal (CMF) disse não ser verdade que a CMF está 100% de acordo com o aterro em frente à cidade. Isto porque a oposição tem muitas reticências face à solução imposta pelo Governo Regional (GR).
Para o vereador, a política do "quero, mando e posso" do GR marginaliza a própria autarquia em todo este processo. "Quem está a 100% e concorda com estes factos consumados é a vereação da maioria", clarificou. Até porque o assunto nunca foi formalmente discutido nos órgãos próprios da CMF apesar da oposição ter insistido em tal discussão.
Para Gil Canha a política de facto consumado "é grave". E o que o GR está agora a fazer é "cumprir formalidades" para uma decisão que está tomada desde o início. Lembra que o impacte ambiental e paisagístico é tremendo e que, para fazer a defesa marítima daquele aterro, vão gastar-se muitos milhões e outros tantos em manutenção. Numa altura em que os países mais desenvolvidos do mundo fazem o contrário (fazem um recuo estratégico e planeado da zona costeira).
Além disso, não está clarificado se o aterro coloca ou não em causa a operacionalidade do porto do Funchal.
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)
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