Baltasar Aguiar avança com queixas sobre tudo, excepto a agressão
O PND e Baltasar Aguiar não apresentaram nem vão apresentar queixa no MP - Ministério Público, sobre a queixa que o deputado sofreu por ocasião da inauguração das estradas da expansão do Tecnopolo.
Baltasar Aguiar e outros membros do PND, candidatos autárquicos, pretendiam aceder ao local da cerimónia de inauguração, mas o acesso foi-lhes vedado por trabalhadores da empresa, com a polícia presente.
Perante a insistência, Baltasar Aguiar foi agredido, o que em seu entender, tratou-se de um crime público. Por isso, aguarda "pacientemente" que o MP actue. O deputado justifica: "O MP tem olhinhos para ver o que viu e vai actuar, se quiser." Baltasar Aguiar parafraseia uma declaração recente: "Os magistrados do MP são maiores e vacinados, eles que actuem".
Esta posição do PND aplica-se apenas à agressão de que foi alvo o deputado. Todas as outras situações ocorridas durante as campanhas vão ser analisadas e haverá queixas quando for entendido que existem razões para isso.
Baltasar Aguiar diz que vai actuar nos casos de crimes particulares, públicos e semi-públicos. Injúrias, violações da Lei Eleitoral, agressões a outros candidatos, bloqueamento de estradas, atitude da empresa na inauguração referida, tudo vai ser analisado pelo PND.
Instado a dar alguns exemplos concretos, o responsável do PND lembra os cartazes "considerados injuriosos", exibidos na referida inauguração. Haverá procedimento criminal contra quem os exibiu e com o autor moral. Baltasar Aguiar diz que, "com base nas imagens" parece que esse autor é Alberto João Jardim, pois terá afirmado "eu é que mando".
O PND marcou as duas campanhas eleitorais recentes pela irreverência e pela presença em várias inaugurações. Além do episódio na inauguração referida, outro aconteceu uns dias antes em idêntico acto inaugural.
Na abertura da via entre o Porto do Funchal e a zona da Cruz de Carvalho, o PND também marcou presença e exibiu um cartaz a considerar eleitoralismo as inaugurações em período de campanha.
Os ânimos azedaram e houve agressões várias, com o PSD a ter de recorrer à Brigada de Intervenção Rápida para controlar os acontecimentos. No sentido de manter a ordem pública, a PSP teve de proteger os poucos elementos do PND com os números populares, o que provocou a ira de Jardim.
O presidente do PSD que o é também do Governo Regional, nesta qualidade proferiu palavras contra a actuação da polícia e disse dispensar a protecção da mesma, a partir daquele momento.
Mais tarde veio dizer que não era bem assim. O problema viria dos comandantes que não são madeirenses e não os polícias de cá. Acrescentaria que há anos trabalhava com alguns deles, com quem até tinha relações de amizade.
Élvio Passos
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)
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