Eleitoras são maioria mas campanha é para todos
Baltasar Aguiar diz que «não há nenhuma preocupação em transmitir mensagens sexistas», até porque «as mulheres que são inteligentes» não acreditam nesse tipo de linguagem. «Mulheres e homens são exactamente iguais» e, por isso, destacou, «não há linguagens dessas para ninguém».
Apesar de a maioria do eleitorado madeirense ser feminino (54%), de acordo com o Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE), a maioria dos partidos é unânime de que as acções de campanha têm que ser digididas ao eleitorado em geral, independente do género. Todavia, alguns admitem atenção especial ao eleitorado feminino, até porque este é alvo de alguns problemas específicos como a violência doméstica e o facto de em actividades profissionais auferirem, nalguns casos, salários inferiores ao dos homens.
Num contacto estabalecido com cada uma das forças partidárias que concorrem às eleições de 6 de Maio, grande parte fez questão de destacar o facto de as mulheres estarem bem representadas nas suas listas.
Desconhecida percentagem de mulheres que votam
O secretário-geral adjunto do PSD diz que que as campanhas não podem ser feitas a pensar em «segmentos» até porque, apontou, é deconhecida a percentagem de eleitorado feminino que vota. Daí que, defendeu Filipe Malheiro, as acções de campanha têm que ser feitas «sempre em termos globais», senão também teriam que ser tidos em conta os jovens ou até os idosos que também têm forte representação. «Um partido não pode ter medidas que interessem apenas às mulheres, só para atrair às mesas de voto».
«Não temos a objectividade de fazer iniciativas para o eleitorado feminino». Quem o diz é o socialista Vítor Freitas, que referiu, contudo, que está salvaguardado nas propostas do PS os direitos das mulheres naquilo em que elas são discriminadas. Além disso, sublinhou que os objectivos do seu partido visam a defesa de princípios e valores que têm a ver com a igualdade de deveres e direitos, independentemente do sexo dos cidadãos.
O cabeça-de-lista pelo CDS/PP diz que o seu partido tem em conta o eleitorado feminino, tanto que «um terço dos candidatos são mulheres por competência e mérito e não por para cumprir qualquer quota». Mas, em termos de campanha, destacou que esta será dirigida a todos, apesar de alguns problemas que afectam as mulheres não serem esquecidos.
Composição das listas deve reflectir o eleitorado
Edgar Silva diz que a composição da lista do PCP «vai muito para além do que a Lei da Paridade exige ao nível nacional», porque o eleitorado feminino «tem um peso grande e é uma referência importante». «A nossa terceira e sexta candidata além de outras têm respondido a essa preocupação, na sensibilidade de um conjunto de propostas particularmente dirigidas ao eleitorado feminino», apontou.
Visão semelhante tem João Isidoro. O cabeça-de-lista pelo MPT diz que dos 94 candidatos por esta lista, 35 são mulheres. «Nos primeiros 10 nomes da nossa candidatura, temos duas mulheres, além de que a mandatária da lista é uma mulher», frisou.
Duas posições que se extremam
O BE destaca-se dos restantes partidos por já ter levado a cabo acções especialmente dirigidas às mulheres. Guida Vieira revelou a este respeito, que a primeira acção de campanha do bloco «será com mulheres, porque a maioria do eleitorado são mulheres».
Com posição oposta está a Nova Democracia (PND). O número um desta lista candidata diz que «não há nenhuma preocupação em transmitir mensagens sexistas», até porque «as mulheres que são inteligentes» não acreditam nesse tipo de linguagem. «Mulheres e homens são exactamente iguais» e, por isso, destacou, «não há linguagens dessas para ninguém».
Segundo dados dos STAPE, dos 230.630 eleitores recenceados na Região, 124,229 são mulheres
Dos 230.630 eleitores recenceados até 31 de Dezembro de 2006, a sua maioria era do sexo feminino (124,229) e os restantes (106.401) eram do sexo masculino, segundo os dados disponibilizados pelo Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE) no seu “site” e já noticiado na última semana por neste matutino.
Apesar da média regional ser de 54% de eleitoras há, porém, 25 freguesias em que o número de mulheres recenceadas ultrapassa, rondando os 55% (Ribeira Brava, Calheta, Arco da Calheta, Serra de Água, Canhas, Quinta Grande e Curral das Freiras) e os 58% (Sé, Tabua, Fajã da Ovelha e Paúl do Mar).
(Publicado em Jornal da Madeira)
Baltasar Aguiar diz que «não há nenhuma preocupação em transmitir mensagens sexistas», até porque «as mulheres que são inteligentes» não acreditam nesse tipo de linguagem. «Mulheres e homens são exactamente iguais» e, por isso, destacou, «não há linguagens dessas para ninguém».
Apesar de a maioria do eleitorado madeirense ser feminino (54%), de acordo com o Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE), a maioria dos partidos é unânime de que as acções de campanha têm que ser digididas ao eleitorado em geral, independente do género. Todavia, alguns admitem atenção especial ao eleitorado feminino, até porque este é alvo de alguns problemas específicos como a violência doméstica e o facto de em actividades profissionais auferirem, nalguns casos, salários inferiores ao dos homens.
Num contacto estabalecido com cada uma das forças partidárias que concorrem às eleições de 6 de Maio, grande parte fez questão de destacar o facto de as mulheres estarem bem representadas nas suas listas.
Desconhecida percentagem de mulheres que votam
O secretário-geral adjunto do PSD diz que que as campanhas não podem ser feitas a pensar em «segmentos» até porque, apontou, é deconhecida a percentagem de eleitorado feminino que vota. Daí que, defendeu Filipe Malheiro, as acções de campanha têm que ser feitas «sempre em termos globais», senão também teriam que ser tidos em conta os jovens ou até os idosos que também têm forte representação. «Um partido não pode ter medidas que interessem apenas às mulheres, só para atrair às mesas de voto».
«Não temos a objectividade de fazer iniciativas para o eleitorado feminino». Quem o diz é o socialista Vítor Freitas, que referiu, contudo, que está salvaguardado nas propostas do PS os direitos das mulheres naquilo em que elas são discriminadas. Além disso, sublinhou que os objectivos do seu partido visam a defesa de princípios e valores que têm a ver com a igualdade de deveres e direitos, independentemente do sexo dos cidadãos.
O cabeça-de-lista pelo CDS/PP diz que o seu partido tem em conta o eleitorado feminino, tanto que «um terço dos candidatos são mulheres por competência e mérito e não por para cumprir qualquer quota». Mas, em termos de campanha, destacou que esta será dirigida a todos, apesar de alguns problemas que afectam as mulheres não serem esquecidos.
Composição das listas deve reflectir o eleitorado
Edgar Silva diz que a composição da lista do PCP «vai muito para além do que a Lei da Paridade exige ao nível nacional», porque o eleitorado feminino «tem um peso grande e é uma referência importante». «A nossa terceira e sexta candidata além de outras têm respondido a essa preocupação, na sensibilidade de um conjunto de propostas particularmente dirigidas ao eleitorado feminino», apontou.
Visão semelhante tem João Isidoro. O cabeça-de-lista pelo MPT diz que dos 94 candidatos por esta lista, 35 são mulheres. «Nos primeiros 10 nomes da nossa candidatura, temos duas mulheres, além de que a mandatária da lista é uma mulher», frisou.
Duas posições que se extremam
O BE destaca-se dos restantes partidos por já ter levado a cabo acções especialmente dirigidas às mulheres. Guida Vieira revelou a este respeito, que a primeira acção de campanha do bloco «será com mulheres, porque a maioria do eleitorado são mulheres».
Com posição oposta está a Nova Democracia (PND). O número um desta lista candidata diz que «não há nenhuma preocupação em transmitir mensagens sexistas», até porque «as mulheres que são inteligentes» não acreditam nesse tipo de linguagem. «Mulheres e homens são exactamente iguais» e, por isso, destacou, «não há linguagens dessas para ninguém».
Segundo dados dos STAPE, dos 230.630 eleitores recenceados na Região, 124,229 são mulheres
Dos 230.630 eleitores recenceados até 31 de Dezembro de 2006, a sua maioria era do sexo feminino (124,229) e os restantes (106.401) eram do sexo masculino, segundo os dados disponibilizados pelo Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE) no seu “site” e já noticiado na última semana por neste matutino.
Apesar da média regional ser de 54% de eleitoras há, porém, 25 freguesias em que o número de mulheres recenceadas ultrapassa, rondando os 55% (Ribeira Brava, Calheta, Arco da Calheta, Serra de Água, Canhas, Quinta Grande e Curral das Freiras) e os 58% (Sé, Tabua, Fajã da Ovelha e Paúl do Mar).
(Publicado em Jornal da Madeira)
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