sábado, dezembro 07, 2013

PND ofereceu bananas em protesto contra acumulação de reforma e ordenado por políticos

Protesto do deputado Hélder Spínola à porta da Assembleia da República


O deputado madeirense Hélder Spínola, do PND, manifestou-se esta manhã à porta da Assembleia da República, em Lisboa, e conseguiu entregar um cacho de bananas à bancada do PSD, em protesto contra a acumulação das reformas e vencimentos pelos políticos regionais, caso do presidente do Governo Alberto João.
 "Na Madeira, é difícil ser-se recebido por certas instituições. Pelo menos aqui isso não acontece e é positivo", congratulou-se, após entregar a fruta ao chefe de gabinete do presidente do grupo parlamentar "laranja", Luís Montenegro. Cerca de hora e meia antes, desde as 09h00, Spínola foi sendo cumprimentado por diversos deputados, à entrada para o plenário, nomeadamente os bloquistas João Semedo e Luís Fazenda ou o antigo líder parlamentar socialista Carlos Zorrinho. "Quem se porta mal, leva bananas, quem se porta bem tem direito a prendas", brincou o parlamentar da Assembleia Legislativa da Madeira. Uma agente policial mais zelosa tentou, num primeiro momento, que o cacho de bananas fosse depositado na respectiva caixa em vez de estar no chão à porta da entrada lateral do Palácio de São Bento, mas um superior mais compreensivo permitiu a continuação do protesto.
 Em causa está um aditamento ao Orçamento do Estado para 2014 que confere aos titulares de cargos políticos em funções na Madeira manterem a acumulação de reformas com os vencimentos até à cessação dos mandatos, em 2015.
 Segundo Helder Spínola, o presidente do Governo regional madeirense, Alberto João Jardim, tem uma reforma de 4.124 euros e um vencimento de 5.936 euros, por exemplo, numa "situação de exceção que não tem paralelo no país".
A proposta inicial do Orçamento de Estado para 2014 tinha uma norma que proibia a acumulação da pensão de reforma e do ordenado aos políticos da Madeira, mas uma alteração aprovada em Comissão pelos deputados do PSD e CDS (com votos contra do PS e abstenção do PCP e BE) veio permitir que a situação actual se mantenha pelo menos até ao final do corrente mandato, ou seja, 2015.
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

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