quarta-feira, novembro 07, 2012

Vereador do PND acusa Cunha e Silva e Daniel Figueiroa de atentado à segurança


Queixa no MP devido a perigo das obras nas ribeiras


O vereador do PND na Câmara do Funchal, Gil Canha, formalizou ontem uma queixa-crime nos serviços do Ministério Público (MP) devido à forma como estão a decorrer obras no leito das ribeiras. O vice-presidente do Governo, João Cunha e Silva, e o director regional de Infraestruturas e Equipamentos, Daniel Figueiroa, são acusados de colocarem "em risco de vida populações indefesas" e de serem "os principais responsáveis pelos gravíssimos atentados à segurança da cidade do Funchal, aos seus cidadãos e aos seus bens, nomeadamente pelas intervenções atabalhoadas e ambientalmente e tecnicamente desastrosas que estão a decorrer neste momento a montante das Ribeiras de S. João (Ribeira Grande de S. António), Santa Luzia (acima da Fundoa) e Ribeira de João Gomes".
De acordo com a queixa, a que o DIÁRIO teve acesso, o Ministério Público é convidado a ouvir a opinião de três testemunha, que podem ajudar a avaliar o perigo que representam as referidas intervenções nos cursos de água: o geógrafo e investigador Raimundo Quintal, o vereador do Ambiente Henrique Costa Neves e o professor universitário Hélder Spínola.
A causa das preocupações de Gil Canha é a forma como está a ser retirada pedra das zonas mais a montante das ribeiras e que alegadamente serve para alimentar as obras actualmente em curso nos troços terminais desses mesmos cursos de água. O vereador explica o problema: "Ao intervirem desta forma irresponsável, gananciosa e incompetente, alteram completamente o equilíbrio hídrico destas ribeiras, 'esgravatando' tudo o que encontram a montante, soltando materiais sedimentares e 'descalçando' os taludes laterais a estas linhas de água e, consequentemente, ocasionando deslizamentos de terras, que no caso de chuvas torrenciais, engrossarão o perigosíssimo caudal sólido, provocando enormes prejuízos e perdas de vidas humanas a jusante, nomeadamente o assoreamento das fozes destes cursos de água, e consequente transbordo das suas águas".
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

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