O deputado do PND-Madeira, José Manuel Coelho, criticou esta segunda-feira o «uso abusivo» e a «instrumentalização que o regime jardinista faz dos tribunais para perseguir os democratas e os jornalistas».
José Manuel Coelho falava junto às instalações do tribunal judicial do Funchal, onde começou o julgamento dos dirigentes do PND, Gil Canha e Eduardo Welsh, também redatores da publicação regional «O Garajau», num processo por «delito de opinião» interposto pelo vice-presidente do executivo madeirense, João Cunha e Silva.
Em causa estão acusações feitas neste periódico contra o governante há três anos, que este considerou difamatórias, relacionadas com o facto deste ter sido assessor e advogado da empresa de trabalho temporário dos Portos do Funchal e de se ter esquecido de apresentar a declaração de rendimentos junto do Tribunal Constitucional.
O deputado da Nova Democracia censurou o governante por «estar a usar o dinheiro dos contribuintes para arranjar e custear advogados caros, caso de Garcia Pereira que o representa, para intervir em processos que nada têm a ver com situações relacionadas com o cargo público que desempenha, tratando-se de casos particulares».
«Alberto João Jardim vai a Lisboa e ao Conselho de Estado pedir mais dinheiro para a Madeira e este acaba por voltar para o continente sendo desperdiçado neste tipo de situações», opinou.
José Manuel Coelho considera que a actuação do Governo Regional, «o uso abusivo que faz da justiça para perseguir os democratas e os jornalistas, é semelhante à do regime brasileiro na década de 60, quando os tribunais faziam perseguições económicas aplicando multas e indemnizações aos críticos, uma forma subtil de condicionar a oposição».
(Com a devida vénia ao IOL Portugal Diário)
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