sábado, maio 12, 2012

“GNR é uma força libertadora na Madeira”


O PND está a considerar, sempre que possível, apresentar queixas na Guarda Nacional Republicana (GNR) em detrimento da Polícia de Segurança Pública (PSP).


Faz hoje uma semana que a operação “Cuba Livre” tornou-se visível aos olhos dos madeirenses com a ida da GNR ao antigo edifício do Equipamento Social. A utilização desta força policial, em vez da PSP, tem sido muito criticada, mas para o PND pode até fazer muito sentido. Assim, este partido político está a considerar apresentar as suas queixas junto da GNR em detrimento da PSP, por considerar ser esta “uma força libertadora”, disse ao Diário Cidade o líder do PND.
Questionado pelo desenrolar deste processo e sobre possíveis detidos, Baltasar Aguiar defende que devido à complexidade da situação é muito cedo para que se possa falar de detidos, uma vez que há muitos documentos que exigem análise. Segundo explicou, os tribunais só estão a deter arguidos quando há perigo de fuga ou alarme social, o que não se verifica nesta situação, até porque o alarme social diminuiu uma vez que é o Estado que, de momento, tem um controlo mais apertado sobre a execução da despesa.
No entanto, referiu que até ao fim deste processo terá que existir alguém responsável pelo que se passou nas contas regionais. Em causa está o desaparecimento de mais de 6 milhões de euros, ainda para mais quando “os crimes podem não ser apenas de origem financeira, mas de dimensão mais grave. Pelos valores em causa pode implicar falsificação de documentos e abuso de poder. Hoje já se fala em quase nove milhões de euros e é preciso saber onde esse dinheiro está e para que foi usado” alertou Baltasar Aguiar.
Outro dos aspetos que pode configurar uma situação preocupante é o “pagamento de obras não orçamentadas e mal medidas o que se for confirmado é muito grave”. Por outro lado, o responsável defende que há pagamentos excessivo por algumas obras, apontando o exemplo do Museu da Baleia que estava orçamentado abaixo dos dois milhões de euros e acabou por custar 11 milhões. “O que é feito desse dinheiro?” questiona.
Baltasar Aguiar considera ainda que será difícil parar a investigação em curso uma vez que “a pressão da sociedade madeirense para que tudo se apure será enorme”.
(Com a devida vénia ao Diário Cidade)

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