PND promete distribuir sacos de dinheiro
Em Janeiro, se a lei orgânica da Assembleia Legislativa não sofrer alterações e em caso de se manter a retroactividade das verbas a pagar às forças políticas, os elementos do Partido da Nova Democracia vão distribuir sacos de dinheiro, à porta do parlamento. Uma medida que visa alertar para o que este partido considera ser o "escândalo" do financiamento das forças políticas. Ontem, como prometido, o PND entregou envelopes com 30 euros a todos os idosos, com mais de 70 euros, que se deslocaram ao gabinete que este partido utiliza, num edifício da Assembleia onde estão instalados grupos parlamentares.Inicialmente, José Coelho tinha feito referência a cinco mil euros, mas acabou por distribuir 7.500, que foram entregues aos primeiros 250 idosos que os solicitaram. Logo pela manhã, antes mesmo da hora prevista para o início da distribuição (9 horas), dezenas de pessoas já formavam fila ao longo da rua. Coelho aproveitou para falar com todos, alertando para o facto de os partidos receberem subvenções milionárias, enquanto as pensões continuam baixas. Até ao final da manhã foram distribuídos os envelopes com 30 euros. Durante a tarde ainda foram muitos os idosos que se deslocaram à Rua da Alfândega, mas o gabinete do PND já estava fechado.O facto de o Tribunal de Contas poder considerar que esta iniciativa não se enquadra nas actividades parlamentares, obrigando à sua devolução, não parece preocupar o partido. A eventualidade de uma auditoria do TC seria mais um motivo para contestar a utilização que os outros partidos dão às verbas elevadas que recebem do parlamento. Neste momento, com a actual lei orgânica da Assembleia, os deputados únicos, como é o caso do PND, recebem uma verba mensal de cerca de 7.500 euros. Os outros partidos recebem na proporção directa do seu número de deputados. Nova lei aumenta verbasA alteração à lei orgânica do parlamento, aprovada recentemente, que apresenta uma nova fórmula de cálculo das subvenções, aumenta a despesa da ALM com os partidos. Neste momento são gastos pouco menos de cinco milhões de euros, ao ano, em transferências para os grupos parlamentares, um valor que deverá aumentar para quase seis milhões. No caso do PND, está prevista uma receita anual de 108 mil euros. O tal dinheiro que deverá ser distribuído, em sacos, à porta da Assembleia Legislativa .
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(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)
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