A cerimónia parlamentar abrilista começava. O primeiro
orador, José Manuel Coelho do PTP, caminhava para o palanque a fim de
apresentar a sua intervenção.
O deputado do PND, Dionísio Andrade, dirigiu-se à mesa
explicando ao presidente do parlamento que pretendia fazer uma interpelação em
forma de sugestão. Tranquada Gomes rechaçou o pedido: a ordem de trabalhos não
previa interpelações. Dionísio Andrade explicou que a ideia era fazer um minuto de
silêncio em memória de um homem de Abril, o jornalista Tolentino de Nóbrega.
Que essa homenagem ficaria bem ao parlamento. A posição do presidente não se alterou: que esses assuntos
não tinham lugar ali.
E não houve minuto de silêncio por um homem que lutou por
Abril e com Abril e que passou parte da sua vida trabalhando naquele hemiciclo,
relatando as actividades de um parlamento que nasceu de Abril.
(Com a devida vénia ao Blog FÉNIX DO ATLÂNTICO)
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