Porto, 31 Jan (Lusa) - A empresária Maria Augusta Montes foi hoje eleita presidente do Partido da Nova Democracia (PND) e afirmou que um dos seus objectivos é "levar alguma democracia à Madeira".
Maria Augusta Montes, de Lisboa, acabou por concorrer sozinha à liderança do PND, uma vez que o advogado Franclim Ferreira retirou a candidatura, alegando "uma grande aproximação" de pontos de vista com a nova líder."Queremos acabar com aquela jardinagem antidemocrática", insistiu Maria Augusta Montes, referindo-se ao ambiente político que, em sua opinião, se vive na Madeira, governada PSD de Alberto João Jardim.A dirigente, que sucede a Manuel Monteiro, acredita que o PND "vai melhorar a sua representação" na Madeira e em Portugal continental. As suas atenções viram-se para Braga, distrito pelo qual Manuel Monteiro vai procurar ser eleito deputado nas próximas eleições legislativas.O anterior líder do PND é o rosto do chamado Movimento Missão Minho, que tem como objectivo "a eleição de deputados pelo círculo de Braga"."Essa é, ou deve ser, no que ao distrito de Braga diz respeito, a prioridade da Nova Democracia", considera Manuel Monteiro na resolução que apresentou ao congresso do partido e que foi aprovada por maioria.Monteiro pediu ao 4º Congresso do PND e aos cerca de 80 delegados presentes "um voto de inequívoca confiança" para a sua estratégia e para formar a lista eleitoral.A ex-líder acrescentou que a candidatura assenta em "três princípios mínimos", que disse serem são "não- aceitação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o combate ao aborto e o combate à corrupção".Maria Augusta Montes diz que o Missão Minho "é um movimento de cidadãos de causas, do Portugal profundo, da aldeia e de um lugar de que se ouve falar de cinco em cinco anos, porque é bonito, jeitoso e fica bem na fotografia e que nós queremos colocar no mapa diário"."Estou francamente convencida que vamos eleger Manuel Monteiro", afirmou a nova líder do PND, que disse ser essencial haver "uma voz diferente" na Assembleia da República.Para além da Madeira e da forte aposta em Braga, "pessoalmente, gostaria de ver revitalizado Aveiro e Porto, onde já tivemos de facto uma representação", acrescentou a dirigente, que "até 2003, e desde 1974", fez parte do PSD."O PND pelo menos tem uma voz e talvez possa com uma representação parlamentar ter um dedo permanentemente esticado e apontado a determinadas pessoas e obrigá-las a discutir", concluiu.Os delegados presentes no congresso, entretanto, aprovaram ainda a alteração do símbolo do PND, que era uma andorinha e passa a ser "um coração estilizado".Segundo Manuel Monteiro, a andorinha tem "uma conotação abstracta e o coração é visto como "símbolo de muita coisa".
(Com a devida vénia ao Jornal Expresso)
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