sexta-feira, junho 19, 2015

“Qualquer dia Cafôfo vai meter uma ‘sex shop’ no Mercado”

Gil Canha considera ser um erro afastar os vendedores de frutas e legumes


O ex-vereador do PND Gil Canha classificou, esta manhã, como um erro as alterações de ramo de actividades que a Câmara Municipal do Funchal pretende fazer no Mercado dos Lavradores, sobretudo a redução dos espaços destinados a vendedores de frutas e legumes e a criação de barracas de outros produtos.
“Querem desvirtuar aquilo que é genuíno neste Mercado. O senhor Paulo Cafôfo pretende fazer aqui barracas de enchidos, chouriços, queijos, broas, marroquinaria, que depois degenera tudo em quinquilharia chinesa e coisas que os comerciantes já vendem na cidade do Funchal. Por este andar, qualquer dia o senhor Paulo Cafôfo até vai meter uma ‘sex shop’ no Mercado”, indignou-se Gil Canha, que escutou palavras de incentivo por parte de floristas e outros comerciantes da infraestrutura municipal. “O Mercado dos Lavradores, tal como o nome indica, é para escoar os produtos [agrícolas] da Região. É uma forma dos nossos agricultores escoarem os seus produtos”, acrescentou.
Gil Canha reconheceu que há melhoramentos que devem ser feitos no Mercado e recorda, que quando estava na equipa de vereadores, preparou medidas para organizar o espaço e torná-lo mais agradável e genuíno. “Tudo isso foi bloqueado e agora veio esta loucura do senhor Paulo Cafôfo. O nosso Mercado tem este aspecto genuíno e é por isso que é a infraestrutura da Madeira mais visitada pelos turistas. Mas o senhor presidente Paulo Cafôfo e quer transformar isto numa venda de chouriços, queijos e broas”, referiu o ex-vereador.
O ex-autarca manifestou-se preocupado com as prioridades da Câmara e disse que o primeiro alerta foi quando, no Mercado da Penteada, “o senhor presidente Paulo Cafôfo entregou três lojas ao Pingo Doce”. Uma entrega feita de “mão beijada”, sem concurso público, com o executivo camarário a alegar que não haveria interessados na exploração daquelas lojas. “É mentira”, garante Gil Canha, que exibiu esta manhã documentos entregues por comerciantes na Câmara em Junho de 2014 e onde manifestavam interesse em ficar com as referidas lojas.
(Com a devida vénia ao Diário de Notícias - Madeira)

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